Quinta-feira, 11 de julho-(07) de 2024
Matéria do MaisPB
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirmou,
nesta quinta-feira (11), o primeiro caso da Febre Oropouche na Paraíba. O
paciente é um homem de 34 anos, de João Pessoa, e procurou atendimento médico
ao apresentar sintomas característicos da dengue após ter viajado para o estado
de Pernambuco. O diagnóstico para Febre Oropouche foi confirmado por exame
realizado no Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen/PB).
Os sintomas da Febre Oropouche são semelhantes aos
das arboviroses, como dengue, zika e chikungunya, por isso, é necessário que,
ao apresentá-los, a população procure o serviço de Saúde mais próximo para
receber o tratamento adequado. Entre os principais sintomas estão: febre de
início súbito, dor de cabeça, dor muscular e articular, tontura, dor
retro-ocular, calafrios, fotofobia, náuseas, vômitos.
De acordo com a técnica das arboviroses da SES,
Carla Jaciara, a secretaria verificou, após investigação, que se trata de um
caso importado, ou seja, a infecção não ocorreu no território paraibano.
“Diferente da Paraíba, Pernambuco já tem registros da doença em 10 municípios,
portanto, o caso não pertence ao nosso estado. O paciente voltou da viagem
apresentando sintomas três dias após o retorno, fez exame para a dengue, chikungunya
e zika, e deu não detectável, porém, por termos informações do cenário
epidemiológico dos locais por onde ele passou, foi realizado pelo Lacen o exame
necessário para o diagnóstico. É importante frisar que o usuário se recupera
bem, está em casa, aparentemente saudável”, explicou.
Diferente da dengue, zika e chikungunya, que são
transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, a Febre Oropouche tem como principal
transmissor o mosquito maruim, também chamado de “muruim”, comum no território
paraibano. A transmissão ocorre por meio dos mosquitos infectados.
De acordo com o chefe do Núcleo de Fatores
Biológicos e Entomologia da SES, Nílton Guedes, o maruim é um tipo de mosquito
presente principalmente em locais úmidos. Ao contrário do Aedes aegypti, ele não
se prolifera em água parada, porém, é necessário evitar entulhos ou materiais
em decomposição. “Nós orientamos que as pessoas façam limpezas em seus quintais
e nos arredores das casas. Ao adentrar em locais onde existe a confirmação do
maruim, utilizem repelentes e roupas que cubram todo o corpo, evitando picadas
do mosquito”, frisou.
O gestor reforça que a SES está realizando durante
os meses de julho e agosto, um trabalho de captura para avaliação desse vetor,
com o objetivo de identificar possíveis regiões mais propícias para sua
proliferação que são espaços de mangue, vegetação clima úmido, plantações, e
espaços com depósito de matéria orgânica. O processo iniciará nos municípios
fronteiriços com o estado de Pernambuco: Salgado de São Félix, Umbuzeiro,
Natuba, Pitimbu, Caaporã, Pedras de Fogo, Juripiranga e Itabaiana.
Por: MaisPB