Quinta-feira, 10 de outubro-(10) de 2024
Matéria da Assessoria de Comunicação
Os jogos de apostas on-line estão causando dependência tecnológica
e levando a um aumento nas tentativas de suicídio. O alerta está na edição
desta semana do videocast “Sem
Contraindicação”, que tem como tema “Setembro Amarelo: como cuidar
da saúde mental e prevenir o suicídio”. Os convidados são o psiquiatra José
Brasileiro e a psicóloga Roberta Mota.
De acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS), anualmente são registrados mais de 700 mil
suicídios no mundo. Mas, acredita-se que estes dados estejam subnotificados e
que, na realidade, o número chegue a um milhão. No Brasil, os registros se
aproximam de 14 mil ocorrências por ano, o que significa que, em média, 38
pessoas cometem suicídio por dia no país.
Desde 2018, a OMS
considera o uso abusivo de jogos eletrônicos como uma doença. “Isso hoje é um
dos principais problemas e está levando a um aumento enorme nas tentativas de
suicídio”, informou o psiquiatra José Brasileiro. A jogatina on-line, que
inclui o conhecido “Jogo do Tigrinho” e as bets, pode causar prejuízos físicos,
psicológicos e inter-relacionais.
Segundo
Brasileiro, esses jogos causam alta dependência psicológica. A facilidade de
acesso contribui para o agravamento do problema numa escala maior. “É algo que
está à mão [o celular]. Você não precisa ir para um cassino. É tudo muito
fácil”, comentou o psiquiatra.
Como se cuidar
Praticamente, 100%
dos casos de suicídio têm relação com transtornos mentais, principalmente
aqueles não diagnosticados ou tratados incorretamente. A depressão é o
transtorno mais ligado ao suicídio. Por isso, aos primeiros sinais, a
orientação é procurar ajuda profissional para identificar o que está
acontecendo e tratar.
A psicóloga
Roberta Mota destaca que a tentativa de suicídio é um pedido de socorro e, para
ajudar a superar essa sensação de que não existe outra saída, é fundamental uma
rede de apoio formada pela família, amigos e profissionais. Ela orienta que, ao
conversar com uma pessoa que atentou contra a própria vida ou que tem esses
pensamentos, nunca se deve julgar. É preciso acolher e se colocar à disposição
para ajudar. Caso não saiba o que dizer, melhor apenas escutar.
Algumas
estratégias comprovadas cientificamente ajudam a prevenir o adoecimento mental.
Entre elas, estão a prática regular de atividades físicas, sono, boa
alimentação, lazer, gestão do tempo para fazer o que gosta e desenvolvimento da
espiritualidade. “E se está com esse adoecimento psíquico, vamos tratar”,
incentiva Roberta Mota.
Onde buscar ajuda
Para você que já
pensou ou pensa em suicídio, procure ajuda de um psicólogo ou psiquiatra.
Alguns serviços também podem ajudar:
– Centro de
Valorização da Vida (telefone 188): o CVV oferece apoio emocional e de
prevenção ao suicídio.
– Centros de
Atenção de Apoio Psicossocial (Caps): são serviços especializados de saúde
mental, gratuitos, de caráter aberto e comunitário.
– Clínicas escola:
as faculdades de psicologia costumam oferecer atendimento psicológico gratuito.
– Site da Campanha
Setembro Amarelo (setembroamarelo.com): desenvolvido pela Associação Brasileira
de Psiquiatria, o site tem várias informações importantes para a prevenção do
suicídio.
Assista e compartilhe
Com apresentação
de Linda Carvalho, o “Sem Contraindicação” é produzido pela Comunicação da
Unimed João Pessoa. Toda quinta-feira, um novo episódio é publicado no YouTube e
no Spotify.
Os episódios
também ficam disponíveis no Portal Unimed João Pessoa, que tem uma seção
exclusiva para o videocast.
Por esse canal, também é possível interagir e enviar sugestões de pautas para a
equipe responsável pela produção.
Fonte: Assessoria de Comunicação