Segunda-feira, 01 de outubro-(10) de 2024
Durante sabatina na Comissão de
Assuntos Econômicos, Galípolo falou da política monetária, combate à inflação e
a independência do BC
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Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado |
O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (8) o nome do
economista Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central.
Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Galípolo teve 66 votos
favoráveis, 5 votos contrários. Mais cedo, a aprovação da indicação na CAE
(Comissão de Assuntos Econômicos) foi unânime. Ele irá substituir Roberto
Campos Neto na chefia da autoridade monetária e terá mandato de quatro
anos a partir de 1º de janeiro de 2025. O plenário analisou a indicação de
Galípolo à presidência do Banco Central em regime de urgência.
Durante a
sabatina, Galípolo abordou questões como a política monetária, o combate à
inflação e a independência do Banco Central, reforçando o compromisso com uma
gestão orientada pelos interesses do povo brasileiro.
Ele também
destacou a importância de um diálogo constante entre a autarquia e outras
esferas do governo para assegurar a estabilidade econômica.
Indicação de
Galípolo foi oficializada em agosto
A indicação de
Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central foi formalizada pelo
governo federal em 28 de agosto. Atualmente, Galípolo é diretor de Política
Monetária do Banco Central. O atual presidente da instituição, Roberto Campos
Neto, que foi nomeado durante o governo de Jair Bolsonaro, permanecerá no cargo
até o final de seu mandato, em 31 de dezembro deste ano.
Galípolo já atua
como diretor de Política Monetária do Banco Central, cargo para o que foi
indicado por Lula em 2022 e aprovado pelo Senado. Ele já trabalhou no Centro
Brasileiro de Relações Internacionais, na Fiesp (Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo) e no Banco Fator. Além disso, foi secretário de Economia e
de Transportes do estado de São Paulo.
No dia que sua
indicação foi oficializada, em declaração à imprensa, Galípolo ressaltou a
honra e a responsabilidade de ter sido indicado para o cargo de presidente do
Banco Central pelo ministro Fernando Haddad e pelo presidente Lula.
Primeira
sabatina de presidente do BC com mandato fixo
Gabriel Galípolo
assumirá a presidência do Banco Central a partir de janeiro de 2025,
substituindo Roberto Campos Neto. Esta é a primeira indicação para o cargo após
a promulgação da Lei Complementar 179, de 2021, que aumentou a autonomia da
instituição e fixou mandatos para seus diretores.
Uma vez na
presidência, um presidente do BC só pode ser exonerado em quatro situações: no
pedido próprio, por incapacidade decorrente de enfermidade, após declarações
judiciais definitivas, ou se o desempenho for considerado insuficiente para
atingir os objetivos da instituição. Neste último caso, a exoneração precisa
ser aprovada pela maioria absoluta do Senado.
Por: R7