Quarta-feira, 06 de novembro-(11) de 2024
Matéria do Portal MaisPB
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Foto: Shutterstock |
Aos 86 anos, o cantor Agnaldo Rayol faleceu na
madrugada desta segunda-feira (4) após sofrer uma queda em sua casa, localizada
na Zona Norte de São Paulo. Recentemente, o presidente Lula sofreu uma queda no
banheiro do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, e precisou
levar cinco pontos na cabeça. Ambos os acontecimentos reforçam a necessidade da
prevenção a acidentes domésticos com idosos.
Segundo dados do Ministério da Saúde, em pessoas
com mais de 65 anos, 70% das quedas ocorrem dentro de casa, sendo a terceira
causa de mortalidade dessa faixa etária. Esses episódios muitas vezes resultam
em fraturas ou complicações sérias, que podem impactar diariamente a qualidade
de vida.
“Para evitar acidentes domésticos, é fundamental
adaptar o ambiente conforme as necessidades específicas de cada idoso, com o
objetivo de proporcionar mais segurança e autonomia. Barras de apoio em locais
como banheiros, corredores e áreas de maior circulação ajudam muito, assim como
garantir uma iluminação adequada em todos os cômodos. São medidas que podem
realmente fazer a diferença no dia a dia. Reorganizar os móveis e remover
objetos soltos, como tapetes ou fios, também é importante, bem como evitar
obstáculos que possam dificultar a mobilidade e aumentar o risco de quedas’’, conta
Luciana Ferreira, terapeuta ocupacional da Hapvida NotreDame Intermédica.
Além das adaptações no ambiente, outras medidas são
essenciais, como maneiras de aumentar a resistência física dos idosos.
Dulcilene Fernandes, fisioterapeuta da Hapvida NotreDame Intermédica, destaca a
importância da prática regular de exercícios. “É primordial inserir na vida
dos idosos a prática regular de atividades físicas, com objetivo de obter
fortalecimento muscular e ganho de equilíbrio, o que, além de prevenir quedas e
acidentes, proporciona segurança e bem-estar ao realizar as suas atividades de
vida diária. Esses exercícios devem ser realizados de maneira orientada,
respeitando as limitações e necessidades individuais de cada pessoa, para
garantir que realmente tragam benefícios’’.
Simultaneamente, algumas doenças crônicas podem
propiciar a ocorrência de quedas, como depressão, diabetes, hipertensão
arterial, artrite, Parkinson, Alzheimer e AVC. “É imprescindível que o
idoso tenha acompanhamento médico regular e siga as orientações dadas pelo
especialista e pela equipe multiprofissional”, informa a geriatra da
Hapvida NotreDame Intermédica, Isabella D’amico.
Além dessas precauções, é essencial incentivar a
independência do idoso. Isso pode ser feito promovendo atividades que estimulem
sua autonomia por meio da realização de tarefas cotidianas, como preparar
refeições leves ou cuidar de plantas. Essas ações não apenas ajudam a manter as
habilidades motoras e cognitivas, mas também reforçam a autoestima e a sensação
de controle sobre suas vidas.
A família também desempenha um papel
importantíssimo nesse processo. Deve oferece suporte e disponibilidade para
ajudar quando necessário, assegurando que o idoso possa tomar decisões e
realizar atividades de forma autônoma. Esse equilíbrio entre assistência e
autonomia é fundamental para que os idosos se sintam valorizados e respeitados,
o que reflete diretamente em sua qualidade de vida.
Programa de Assistência ao Idoso (PAI)
Com o aumento da expectativa de vida dos brasileiros,
a Hapvida NotreDame Intermédica reforçou a oferta de planos de saúde para
idosos e tem investido em programas de prevenção para beneficiários com 60 anos
ou mais. Na rede, em todo o país, 56 mil pessoas participam do Programa de
Assistência ao Idoso (PAI), criado inicialmente para atender pacientes com
comorbidades, fragilidade ou dependência.
O PAI oferece atendimento integral aos idosos com
um time formado por geriatras, fisioterapeutas, nutricionistas, assistentes
sociais, gerontólogos e psicólogos, além da equipe de enfermagem. Os pacientes
têm um canal de comunicação direto com os profissionais de saúde para marcação
de consultas, esclarecimento de dúvidas e acompanhamento. Podem participar do
programa pessoas com 60 anos ou mais que passaram por internações recentemente
e/ou com alterações importantes na sua condição de saúde e de bem-estar. Hoje,
46% dos participantes têm entre 71 e 80 anos. As mulheres representam 62% dos
pacientes e os homens, 38%.
Por: MaisPB