Quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025
Matéria da CNN Brasil
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Com Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/Arquivo |
“O tempo todo isso de
vamos prender Bolsonaro. Eu caguei para prisão”, disse Bolsonaro durante
Seminário Nacional de Comunicação do Partido Liberal.
Denunciado pela
Procuradoria-Geral da República (PGR), no âmbito da investigação que aponta uma
trama golpista no país, o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) afirmou
nesta quinta-feira (20) não se importar com a possibilidade de ir preso.
“O tempo todo isso de vamos
prender Bolsonaro. Eu caguei para prisão”, disse durante Seminário Nacional de
Comunicação do Partido Liberal.
A declaração vem dois dias após a
PGR denunciar 34 pessoas, entre elas o ex-presidente, pelo suposto plano
golpista. No evento com a legenda, o ex-mandatário chegou a se defender das
acusações:
“Estou com a consciência
tranquila, não tem nada contra a gente além das narrativas. Agora investiram
nessa última de golpe. Geralmente quem dá golpe é quem ganha. Agora o duro é
quando você é golpeado e te acusam de dar golpe. Eu estou tranquilo”, afirmou.
O ex-presidente foi um dos
denunciados na peça de Gonet, acusado dos seguintes crimes:
organização criminosa armada;
-tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
-golpe de Estado;
-dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da
União, e com
-considerável prejuízo para a vítima;
-e deterioração de patrimônio tombado.
Anistia
Ainda durante sua fala, Bolsonaro
voltou a falar que sua “prioridade” é que o Congresso aprove um projeto de lei
que anistia condenados por terem participado dos atos criminosos do dia 8 de
janeiro de 2023. O presidente também questionou as acusações feitas pela PGR em
relação aos ataques à sedes dos três poderes.
“Eu estava lá [nos Estados
Unidos] com o Pato Donald e o Mickey e tentei dar o golpe de 8 de janeiro
aqui?”, disse o ex-presidente.
Na terça-feira, o ex-mandatário
se reuniu com parlamentares da oposição, onde pediu apoio para tentar aprovar o
projeto. Atualmente o texto se encontra em uma comissão especial criada para
analisar o assunto, que nunca chegou a ter membros ou a funcionar.
De autoria do deputado federal
Major Victor Hugo (PL-GO), o projeto prevê que serão anistiados todos os que
participaram de atos com motivação política ou eleitoral, ou que os apoiaram
com doações, apoio logístico, prestação de serviços ou publicações em mídias
sociais entre 8 de janeiro de 2023 e a data de vigência da futura lei.
Caso a proposta seja aprovada,
ela precisa ser sancionada por Lula, o que é considerado impossível por
aliados. Além disso, o Supremo Tribunal Federal (STF) considera a proposta
inconstitucional.
Nas conversas com os dirigentes
partidários, Bolsonaro tem alegado que o objetivo é anistiar aqueles que foram
condenados a penas duras.
Por: CNN Brasil