Quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025
Matéria da Agência Brasil
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Imagem ilustrativa - (Foto: Marcelo Casal Jr.) |
O Brasil
aumentou em 137.303 o número de empregos formais no mês de janeiro, situação em que o posto de trabalho garante ao trabalhador direitos e deveres previstos na legislação trabalhista regidas pela CLT.
O saldo de empregos celetistas decorre de 2.271.611 admissões e de 2.134.308 desligamentos, segundo
o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo
Caged), divulgado nesta quarta-feira (26) pelo ministro do Trabalho
e Emprego, Luiz Marinho.
De acordo com o ministério, o total de celetistas ativos no país
(estoque) em janeiro era de 47.341.293 vínculos, resultado que representa
variação positiva de 0,29%, na comparação com o estoque registrado em dezembro.
No acumulado de 12 meses, de
fevereiro de 2024 a janeiro deste ano, o saldo também é positivo em 1.650.785
empregos celetistas. No período, foram 25.743.968 admissões e
24.093.183 desligamentos.
Salário
Segundo mostra o Caged, o salário
médio das admissões aumentou 4,12% de dezembro do ano passado para janeiro
deste ano. O percentual corresponde a um acréscimo de R$ 89,02 no recebido pelos admitidos,
resultando em um salário
inicial de R$ 2.251,33.
Ao anunciar os números, o ministro
Luiz Marinho fez críticas a manifestações creditadas a “um tal mercado que não
apresenta CPF”, de que a geração de novos empregos seria algo negativo para o
país.
-“Vejo com estranhamento esse tal de mercado dizer que saldo
positivo de emprego é um mal. Eu não consigo entender que isso seja um problema
[que resulte em aumento de juros]”, criticou.
Segundo Marinho, juros é um problema que cabe ao Banco Central
monitorar, “dialogando com os entes produtivos, para se prepararem para uma
economia crescente, programando mais produção, de forma a controlar a
inflação”.
Atividades econômicas
De acordo com os dados do Caged, quatro dos cinco grandes grupos de atividades apresentaram saldo
positivo de empregos celetistas em janeiro. O
segmento que gerou maior número de vagas foi o de Indústria Geral, com um saldo
de 70.428 novos postos de trabalho.
Em segundo lugar está o setor de Serviços, com saldo positivo de
45.165 postos, seguido de Construção (38.373 postos) e agropecuária (35.754
postos). O único segmento que registrou saldo negativo foi o de Comércio, com
52.417 postos a menos.
Mais críticas
Luiz Marinho aproveitou o resultado para, novamente, falar da “incapacidade do mercado” em fazer projeções que correspondam à
realidade brasileira.
“Foi assim em 2023, quando projetaram que o crescimento do PIB
seria, no máximo de 0,7%, quando cresceu 3,2%. Em 2024, projetaram que, no
máximo, cresceria 1%. Crescemos 3,8%”, disse.
-“Agora estão, de novo, tentando projetar para baixo a realidade
da economia brasileira. Não sei qual é a desse tal mercado que nem CPF
apresenta, para a gente poder conversar e ensiná-los a projetar corretamente,
entendendo que o mundo da economia não se faz somente pela macroeconomia. Tem
também a microeconomia, que reage com as políticas públicas de aumento real do
salário mínimo”, afirmou.
Regiões
Das cinco regiões, quatro apresentaram saldo positivo no número
de empregos formais em janeiro.
No Sul, foram 65.712 novos
postos de trabalho, o que corresponde a um aumento de 0,76% de
dezembro de 2024 para janeiro deste ano. Na Região
Centro-Oeste, foram 44.363 novos postos, uma alta de 1,06% na
comparação com o mês anterior.
O Sudeste gerou 27.756
novos postos (0,12%); e o Norte,
1.932 postos (0,08 %). Já o Nordeste
reduziu em 2.671 o número de empregos celetistas, queda
de 0,03%.
Das 27 unidades federativas, 17 registraram saldos positivos. São
Paulo foi o estado que apresentou maior saldo, com 36.125 novos postos, o que
corresponde a um aumento de 0,25% em janeiro, na comparação com o mês anterior.
Em segundo lugar está o Rio Grande do Sul, com saldo positivo de
26.732 postos (0,94%), seguido de Santa Catarina, com saldo de 23.062 postos
(0,90%).
Unidades federativas
Os estados com menor
saldo foram Rio de
Janeiro, com uma redução de 12.960 postos celetistas (0,33%), seguido
de Pernambuco, que
reduziu em 5.230 postos (0,34%); e Pará, com
2.203 postos a menos (0,22%).
Segundo o Caged, em termos relativos, os estados com maior variação positiva em relação ao
estoque do mês anterior foram Mato
Grosso, com um aumento de 2,07% no número de postos celetistas, com
saldo positivo de 19.507 novos postos.
O Rio
Grande do Sul aumentou em 0,94% o número de empregos celetistas, o que
corresponde a 26.732 novos postos (0,94%). Santa Catarina aumentou em 0,9% o total de
empregos formais, resultado que equivale a saldo positivo de 23.062 postos.
Já as unidades federativas que apresentaram as menores variações de estoque em janeiro foram
o Acre, com uma
redução de 645 postos, seguido de Pernambuco, com
menos 5.230 postos, e o Rio de
Janeiro, com menos 12.960 postos.
Por: Agência Brasil