Segunda-feira, de fevereiro de 2025
Matéria do Portal PABGORA
Foi divulgada ontem (16), a Pesquisa AtlasIntel,
onde traz que a grande maioria da população rejeita que haja mudanças na Lei da
Ficha Limpa, como defende a oposição no Congresso Nacional. De acordo com o
levantamento, 83% rejeitam que haja uma redução no prazo de inelegibilidade,
atualmente de oito anos, para políticos que sejam condenados por crime. Apenas
14% apoiam a mudança.
Projeto de
autoria do deputado federal Bibo Nunes (PL-RS) é uma das prioridades para a
oposição neste ano e propõe reduzir o prazo para dois anos — o que beneficiaria
o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados.
Anistia divide
opiniões – Porém, a pesquisa mostra também que há divergência sobre a proposta
de anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de Janeiro, também prioridade entre
bolsonaristas. Dos participantes, 51% apoiam a anistia, e 49% a rejeitam,
considerado empate técnico, dentro da margem de erro de três pontos percentuais
do levantamento. O estudo foi feito para a CNN, e ouviu 817 pessoas entre os
dias 11 e 13 de fevereiro, com confiança de 95%.
Ainda de acordo
com a pesquisa AtlasIntel, 58% dos eleitores de Bolsonaro no segundo turno de
2022 são contra as mudanças na Ficha Limpa, enquanto 34% as apoiam. Já entre os
eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 100% rejeitam a proposta. No
caso da anistia, porém, 99% dos que votaram em Bolsonaro a apoiam, contra 96%
dos eleitores da Lula que a rejeitam.
A Lei da Ficha
Limpa foi criada em 2010 e é considerada um avanço importante no combate à
corrupção. Ela teve apoio do então deputado federal Jair Bolsonaro que, quando
presidente, em 2019, também editou um decreto aplicando os mesmos princípios da
lei para a ocupação de cargos comissionados no poder público.
A pesquisa
AtlasIntel também coletou opiniões sobre outros projetos em discussão no
Congresso Nacional. Segundo o estudo, 97% dos brasileiros são contra o aumento
no número de deputados federais, encampado pelo presidente da Câmara dos
Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que quer alterar a quantidade de 513 para
527. A medida evitaria que alguns estados, como o Rio de Janeiro e o Rio Grande
do Sul, perdessem vagas após correção determinada pelo Supremo Tribunal Federal
(STF) na divisão de cadeiras por estado, após mudanças no número de habitantes
demonstradas pelo Censo 2022.
Com informações do PBAGORA