Domingo, 16 de fevereiro de 2025
Matéria da Secom
Com a ampliação de oportunidades de trabalho, o
Estado da Paraíba terminou o ano de 2024 com o menor nível de desemprego dos
últimos 10 anos, conforme série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada, nesta sexta-feira (14), pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa média anual de desocupação
da Paraíba em 2024 caiu para 8,3%, o que representou o menor nível de
desemprego da última década (2015-2024).
Nessa última década, a taxa média anual de
desemprego na Paraíba oscilou entre 8,3% e 17,8%. O pico de 17,8% foi atingido
durante a crise pandêmica em 2020. O crescimento da oferta de emprego derrubou
a taxa de desocupação no período pós-pandêmico para o menor da década. Na
comparação de 2023 para 2024, a taxa média anual continuou caindo (-1,3 ponto
porcentual), saindo de 9,6% para 8,3%, que é a menor da década.
Para o supervisor de Disseminação de Informações
(SDI) do IBGE na Paraíba, o economista Jorge Souza Alves, “a redução na taxa de
desocupação na Paraíba ocorreu, em grande medida, motivada pelo resultado da
expansão na quantidade de ocupações que ocorreram nos últimos anos e também no
ano passado. Mais recentemente tem crescido o emprego assalariado com carteira
de trabalho assinada e também os assalariados sem carteira de trabalho
assinada, mas quem mais puxou foi justamente o emprego assalariado,
principalmente com o de carteira”, avaliou.
GESTÃO EQUILIBRADA E FOCADA
O secretário de Estado da Fazenda
(Sefaz-PB), Marialvo Laureano, comemorou mais um indicador econômico e social
positivo do Estado divulgado pelo IBGE. “A Paraíba alcançar o menor nível de
desocupação na última década em 2024 mostra o resultado do esforço de uma
gestão pública governamental que concilia uma política fiscal equilibrada, que
mantém um volume de investimentos públicos com recursos próprios relevante e
permanente em áreas estruturantes e em obras públicas de ampla e intensa
empregabilidade como, por exemplo, o da construção civil. Essas obras públicas
são realizadas em parceria com o setor privado que é o grande motor de geração
de empregos do Estado”, apontou.
RESULTADO DO 4º TRIMESTRE
A Pnad Contínua divulgou também os dados
do 4º trimestre de 2024 da taxa de desocupação. A taxa da Paraíba ficou em 8,4%
no último trimestre do ano passado (outubro, novembro e dezembro), uma taxa
aproximada da média anual de 8,3%. Em comparação com o resultado do
último trimestre de 2023 (9,6%), constatou-se uma queda de -1,2 ponto
porcentual.
POPULAÇÃO OCUPADA SOMA 1,651
MILHÃO
A pesquisa estimou também que a população paraibana ocupada
somou, no 4º trimestre de 2024, mais de 1,651 milhão de pessoas, enquanto no 4º
trimestre do ano anterior (1,565 milhão), um crescimento relativo de 5,5% ou de
86 mil pessoas ocupadas em números absolutos, derivado em grande parte do
crescimento em 11,1% (74 mil) dos empregados no setor privado, sendo mais
intenso entre os com carteira de trabalho assinada, cujo crescimento ficou em
15,1% (55 mil pessoas).
CONSTRUÇÃO CIVIL LIDERA CRESCIMENTO
Os segmentos que mais contribuíram para esse
crescimento dos ocupados, entre os últimos trimestres de 2023 e 2024, foram:
Construção civil, com variação de 21,8% (29 mil pessoas); Indústria em geral,
de 15,3% (22 mil); Administração pública, defesa, seguridade social, educação,
saúde humana e serviços sociais, de 6,7% (22 mil); Agricultura, pecuária,
produção florestal, pesca e aquicultura, de 11,1% (18 mil); e Comércio,
reparação de veículos automotores e motocicletas, de 5,4% (17 mil).
Segundo ainda os dados da Pnad Contínua, a taxa da
população ocupada de pessoas que estavam na informalidade também cresceu 7,9%
na comparação de 2023 para 2024. Segundo o indicador, havia 768 mil pessoas em
2023 ocupadas contra 829 mil pessoas em 2024, um volume de 61 mil pessoas
incluídas no mercado de trabalho.
SOBRE A PESQUISA DO IBGE
A PNAD Contínua é a principal pesquisa
sobre a força de trabalho do Brasil. A pesquisa do IBGE apura o comportamento
no mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais e leva em conta todas
as formas de ocupação, seja emprego com ou sem carteira assinada, temporário e
por conta própria, por exemplo. A amostra abrange 211 mil domicílios,
espalhados por 3.500 municípios de todos os estados, que são visitados a cada
trimestre. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham nesta pesquisa,
integrados às mais de 500 agências do IBGE em todo o país.
Com informações da SECOM