Domingo, 09 de março-(03) de 2025
A busca por uma nova identidade ocorre em meio ao desafio
do Governo Lula de reverter a queda de popularidade da gestão.
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Presidente Lula - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo |
O
governo deverá abandonar o slogan “União e Reconstrução” e adotar um novo lema
para marcar uma virada no mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A busca por uma nova identidade ocorre em meio ao desafio do Palácio do
Planalto de reverter a queda de popularidade da gestão.
À
CNN, o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira,
afirmou que o maior desafio neste momento é aumentar a percepção da população
sobre as ações realizadas pelo governo Lula nos dois primeiros anos de mandato.
“Estamos
analisando um novo slogan para o governo. Pretendemos divulgar todas as ações
que já foram feitas durante esses dois anos. O que o governo já fez é muito
maior do que a percepção popular. Esse é o nosso grande desafio”, disse
Sidônio.
O slogan “União e Reconstrução” foi adotado no início do governo para
marcar o retorno do presidente Lula ao Palácio do Planalto após vencer a
eleição contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A ideia era justamente passar a ideia de que a nova gestão tinha como
objetivo unir o país após uma disputa presidencial radicalizada.
Agora, porém, na avaliação de interlocutores do Planalto, o lema “União
e Reconstrução” já não comunica a mensagem do governo. O presidente Lula tem
insistido que 2025 deverá ser o “ano da colheita” e de apresentar os
resultados.
Como mostrou a CNN, Lula tem recebido a promessa de que, até julho deste
ano, o governo conseguirá reverter a tendência de queda em sua popularidade.
Pesquisa AtlasIntel/Bloomberg, divulgada nesta sexta-feira (7), aponta
que a avaliação negativa da gestão Lula aumentou.
A amostra diz que 50,85 dos entrevistados consideram o governo
ruim/péssimo, enquanto 37,6% acham ótimo/bom. Em janeiro, a avaliação positiva
chegava a 37,8% e a negativa, 46,5%
O levantamento mostrou ainda que a desaprovação de Lula chegou a 53%,
apresentando também um aumento em relação ao levantamento passado, enquanto a
aprovação foi a 45,7%. Na aferição de janeiro, 51,4% desaprovavam o petista,
enquanto 45,9% aprovavam.
Diante da queda da popularidade, Palácio do Planalto tem buscado medidas
para reverter o cenário desfavorável.
Nesta quinta-feira (6), o governo anunciou um conjunto de ações para
baratear os alimentos, incluindo a isenção de imposto de importação sobre
alguns produtos e ações regulatórias para estimular a competitividade e reduzir
custos.
O presidente Lula também deu início à reforma ministerial. Em busca de
um programa que seja a marca na gestão, demitiu a ministra da Saúde, Nísia
Trindade, e escolheu o ministro Alexandre Padilha, que será presidido pela
ex-presidente do PT, Gleisi Hoffmann, na Secretaria de Relações Institucionais.
Por: CNN Brasil