Quarta-feira, 21 de maio-(05) de 2025
O caso aconteceu em 8 de maio, em uma escola particular de
Uberaba (MG)
Segundos antes de esfaquear uma colega de sala, dois
adolescentes de 14 anos entregaram um bilhete a ela com sua “sentença de
morte”. O caso aconteceu em 8 de maio, em uma escola particular de Uberaba
(MG). Detalhes do crime foram divulgados nesta terça-feira (20) pela Polícia
Civil de Minas Gerais.
A adolescente Melissa Campos, de 14 anos, recebeu um bilhete de
um colega de sala com sua “sentença de morte”. Imagens de câmeras de segurança
mostram Melissa lendo o papel e sendo surpreendida com a aproximação do colega
segundos depois.
Agressor atingiu a vítima no coração com golpes de faca. A
princípio, matérias divulgadas na imprensa informavam que a arma do crime teria
sido uma tesoura, mas a informação foi corrigida pela polícia em entrevista
coletiva concedida nesta terça-feira.
“O autor tomou a vítima de surpresa, desferindo um golpe de faca
no seu coração. Antes, entregou a ela uma sentença de morte em que informava
que ela seria condenada à morte por estrangulamento, mas acabou usando uma
faca”, disse o delegado Cyro Moreira, da Polícia Civil de MG.
Polícia foi chamada. O primeiro a chegar no local do crime foi o
pai de uma aluna, que também é delegado. Ele acionou seu superior e pediu
reforço policial.
Melissa chegou a ser socorrida, mas morreu no local. Seu
agressor saiu da sala caminhando antes da chegada da polícia. Ele foi
encontrado horas mais tarde na rodovia AMG-2595, com a ajuda de uma denúncia
anônima.
Adolescente confessou o crime e indicou que a arma estava
cravada em uma árvore. Ele também nomeou outro colega que participou do
assassinato. Segundo o delegado, a atuação de ambos foi confirmada por meio da
análise de câmeras de segurança e dos cadernos dos jovens.
Autor das facadas foi levado para a delegacia de Uberaba,
acompanhado pelo pai. Seu comparsa foi apreendido dois dias depois, após
confirmado seu envolvimento no crime. Ambos estão internados provisoriamente em
um centro de atendimento socioeducativo e aguardam julgamento.
MOTIVAÇÃO DO
CRIME É DESCONHECIDA
A investigação concluiu que não houve bullying, racismo ou
qualquer problema entre os estudantes que motivasse o assassinato da jovem. “A
vítima foi escolhida a esmo pelo primeiro autor e agora eles serão
responsabilizados pela Vara da Infância”, afirmou Moreira.
Não há indícios de que os adolescentes planejavam um massacre.
“Havia um plano que partia principalmente da mente do primeiro envolvido. Ele
queria uma vítima específica, que foi escolhida no dia. Por isso, afirmamos que
não existe uma lista [de vítimas]. O que houve foi o planejamento de um ato
infracional análogo ao homicídio”, explicou o delegado.
Por: Folhapress