Sábado, 24 de maio-(05) de 2025
Deputada foi condenada por invasão ao sistema eletrônico do
Conselho Nacional de Justiça
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A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados) |
A defesa da
deputada Carla Zambelli (PL-SP) apresentou nesta sexta-feira (23)
um recurso contra a decisão da Primeira Turma do STF (Supremo
Tribunal Federal) que condenou a parlamentar a 10 anos de prisão pela invasão
ao sistema eletrônico do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), ocorrida em 2023.
As informações são do R7, parceiro nacional do Portal Correio.
No recurso, a defesa pede a absolvição
da deputada e afirma houve cerceamento de defesa pela falta de acesso a
todas as provas produzidas durante a investigação. Os advogados também
contestaram a condenação de Zambelli ao pagamento de R$ 2 milhões em danos
coletivos.
“Não há critérios objetivos que possam
quantificar e precisar, ainda que grosseiramente, o prejuízo sofrido pela
administração da justiça, de modo que a fixação de indenização em patamar
milionário decorre de discricionariedade do julgador sem amparo em critérios
objetivos”, afirmam os advogados.
Conforme denúncia da Procuradoria-Geral
da República (PGR), Carla Zambelli foi a autora intelectual da invasão para
emissão de um mandado falso de prisão contra o ministro do STF Alexandre de
Moraes.
Segundo as investigações, o hackeamento
foi executado por Walter Delgatti, que confirmou ter realizado o trabalho a mando
da parlamentar. O hacker foi condenado a 8 anos e 3 meses de
prisão no mesmo processo.
Carla Zambelli responde a outro
processo criminal no STF. Em agosto de 2023, Zambelli virou ré no Supremo pelo
episódio em que ela sacou uma arma de fogo e perseguiu o jornalista Luan Araújo
às vésperas do segundo turno das eleições de 2022.
A perseguição começou após Zambelli e
Luan trocarem provocações durante um ato político no bairro dos Jardins, em São
Paulo.
Até o momento, o Supremo registra
placar de 6 votos a 0 para condenar a parlamentar a 5 anos e 3 meses de prisão
em regime semiaberto. No entanto, um pedido de vista do ministro Nunes Marques
adiou a conclusão do julgamento.
Por: R7