Domingo, 20 de julho-(07) de 2025
Confrontos ocorrem entre grupos
étnicos sírios, mas militares de Israel e Síria intervieram
Acordo de cessar-fogo entre Síria e Israel foi confirmado na manhã
deste sábado (19), após confrontos entre diferentes grupos étnicos deixarem
mais de 700 mortos no sul da Síria. O acordo tenta evitar uma guerra regional e
conter o colapso humanitário na região.
Síria e Israel
chegaram a acordo com apoio dos EUA, Turquia e Jordânia. A trégua foi
confirmada pelo presidente interino sírio Ahmed al-Sharaa e pelo enviado dos
EUA Tom Barrack.
Os confrontos
ocorrem entre grupos étnicos sírios, mas militares de Israel e Síria
intervieram. Israel chegou a bombardear Damasco e alvos no sul da Síria.
Segundo a Reuters e AFP, a justificativa foi proteger os drusos, minoria étnica
presente também em território israelense. Já o governo da Síria enviou tropas
para o sul do país em tentativa de encerrar os conflitos.
Diplomata
americano convocou todos os grupos armados na região a deporem armas. Em
publicação na rede social X, Barrack defendeu “uma nova identidade síria
unida”.
Secretário de
Estado dos EUA, Marco Rubio classificou a situação como ‘terrível’. Ele ainda
afirmou que o cessar-fogo é fruto de um esforço diplomático para conter uma
escalada regional.
MASSACRE SECTÁRIO ENTRE BEDUÍNOS E DRUSOS
Conflito começou
no dia 13 de julho em Sueida, no sul da Síria. Os combates envolveram tribos
beduínas e grupos da minoria drusa, segundo a agência de notícias RFI.
Mais de 700
pessoas foram mortas em seis dias de enfrentamentos. O número foi informado
pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Grupos sunitas se
uniram aos beduínos contra os drusos. Forças do governo sírio foram acusadas de
apoiar os ataques, conforme testemunhas relataram à AFP.
Israel interveio
militarmente após denunciar risco à minoria drusa. A ação incluiu bombardeios
em Damasco e Sueida, segundo a agência de notícias DW.
Cruz Vermelha e
ONU alertaram para o colapso humanitário em Sueida. Casas, lojas e carros foram
incendiados, além de hospitais lotados, falta de água e medicamentos e até
apagões foram registrados.
Mais de 80 mil
pessoas foram forçadas a deixar suas casas. O dado é da OIM (Organização
Internacional para as Migrações).
ONU exige
investigação rápida e responsabilização pelos crimes. O pedido foi feito pelo
alto comissário Volker Türk, segundo a RFI.
Por: Folhapress