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Trump descarta negociação imediata com Brasil, mas admite debate futuro sobre tarifas

Sábado, 12 de julho-(07) de 2025
Presidente americano voltou a defender que tratamento com ex-presidente Jair Bolsonaro é ‘muito injusto’

O presidente norte-americano Donald Trump descartou uma negociação imediata com o Brasil sobre as novas tarifas impostas, mas admitiu um debate futuro sobre as ações. As informações são do R7, parceiro nacional do Portal Correio.

“Em algum momento eu vou conversar, mas não agora”, afirmou em uma entrevista a um canal de notícias dos EUA.

Trump também voltou a classificar como “muito injusta” o tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, réu na ação no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

“Estão tratando o presidente Bolsonaro de forma muito injusta… Eu não deveria gostar dele porque ele foi muito duro nas negociações, mas também foi muito honesto. E eu conheço os honestos e conheço os corruptos“, disse.

Consequência econômica
Após o anúncio da nova tarifa de 50% para os produtos brasileiros, o clima é de incerteza para a economia do país. A exportação para os EUA é responsável por cerca de 12% do total que o Brasil vende para o mundo.

No ano passado, o total de exportações brasileiras atingiram US$ 337 bilhões, sendo US$ 40,33 bilhões para os norte-americanos.

Caso não haja acordo ou recuo, as novas taxas devem entrar em vigor a partir de 1º de agosto, e o Brasil terá a alíquota mais alta entre 22 países notificados pelo presidente dos EUA neste mês.

O valor é maior do que os 30% atualmente impostos à China — após uma briga intensa entre as duas potências mundiais — a mesma de países como África do Sul, Argélia, Bósnia e Herzegovina, Iraque, Líbia e Sri Lanka.

Ameaça e recuo
A economista e professora da FGV (Fundação Getúlio Vargas) Carla Beni observa que é uma característica comum no governo Trump ameaçar fortemente outros países e depois recuar.

Então, ainda há possibilidade de a medida não ser implementada. Por isso, ela diz que o momento requer cautela.

“Ele cria um pânico geral e não implementa, ou implementa um adicional muito menor, ou acaba fazendo algumas concessões. Por exemplo, para o café, ele não vai subir, para o suco de laranja, ele não vai subir”, analisa.

O economista André Perfeito também não acredita que isso vá se concretizar. “Acho que Trump está blefando. Vamos supor que aumente 50% o preço do aço brasileiro. Imagina o impacto disso na indústria de carros nos Estados Unidos”, questiona.

Carla concorda. Para ela, a imposição de uma alíquota adicional foi uma medida completamente desproporcional e não comercial.

“Vai prejudicar os Estados Unidos, porque os produtos brasileiros que eles importam — como o próprio minério de ferro, o café e o suco de laranja —, são itens que vão aumentar muito o preço para o consumidor americano”, avalia a economista.

O economista e professor da Enap (Escola Nacional de Administração Pública) José Luiz Pagnussat enfatiza que, se for confirmada, a perda de competitividade será total.

“O impacto sobre a economia brasileira pode chegar a uma redução de 0,5% do PIB, em 12 meses, além de efeitos sobre o câmbio, inflação e emprego. Serão ainda maiores os efeitos se o Brasil seguir sua tradição de reciprocidade, ampliando a guerra comercial Brasil X EUA”, analisa.



Por: R7

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Formado em radialismo,Cursou A FUNETECE,Ensino médio Completo,E-mail: radialistasergiothiago@gmail.com.
 
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