Quinta-feira, 14 de agosto-(08) de 2025
Matéria do PBAGORA
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Foto: Globo News e Arquivo/A Tribuna Jornal
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Era manhã de quarta-feira, 13 de agosto de 2014. Chovia em
Santos, e as temperaturas estavam abaixo do habitual para a cidade no litoral
paulista. Foi nesse cenário que ocorreu uma das tragédias mais marcantes da
política brasileira recente: a queda do avião que transportava Eduardo Campos,
então candidato à presidência da República pelo PSB.
O Cessna 560XL
Citation Excel, de prefixo PR-AFA, havia decolado do Aeroporto Santos Dumont,
no Rio de Janeiro, com destino à Base Aérea de Santos, no Guarujá (SP). Após
abortar o pouso devido ao mau tempo, a aeronave perdeu contato com o controle
de tráfego aéreo e caiu pouco depois, em um terreno baldio no bairro Boqueirão,
cercado por prédios residenciais e comércios.
No impacto, Eduardo
Campos, de 49 anos, e mais seis pessoas perderam a vida. As vítimas foram:
-Alexandre
Severo,
fotógrafo;
-Carlos
Augusto Leal Filho, assessor;
-Pedro
Valadares Neto,
assessor e ex-deputado federal;
-Marcelo
de Oliveira Lyra,
cinegrafista;
-Geraldo
Magela Barbosa da Cunha, piloto;
-Marcos
Martins,
copiloto.
Além da perda
irreparável de vidas, os destroços atingiram casas vizinhas e deixaram ao menos
dez pessoas feridas, que foram socorridas e liberadas em seguida.
Moradores da região
relataram o susto e a confusão nos primeiros momentos após o acidente. “Pensava
que era um asteroide. Estava lendo a Bíblia, pensei que era o final dos
tempos”, contou um comerciante ao G1 na época.
Eduardo Campos era
uma das principais apostas políticas daquele ano. Ex-governador de Pernambuco,
ex-ministro da Ciência e Tecnologia e neto de Miguel Arraes, ele despontava
como um nome de renovação e terceira via nas eleições presidenciais de 2014.
Sua morte comoveu o país e alterou drasticamente o cenário eleitoral. Dias
depois, Marina Silva, então vice na chapa, assumiu a candidatura.
Onze anos se passaram
desde aquele trágico agosto. A frase dita por Eduardo Campos em sua última
entrevista, na véspera da queda do avião, ainda ecoa na memória coletiva:
“Não vamos desistir do Brasil.”
Por: PBAGORA

