Segunda-feira, 20 de outubro-(10) de 2025
Custo hospitalar com internação foi de quase R$ 1 bi em seis
anos
O acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame,
figura atualmente como uma das principais causas de morte e incapacidade física
no mundo. Dados da consultoria especializada em gestão de saúde e custos
hospitalares Planisa indicam que, a cada 6,5 minutos, uma pessoa morre em razão
do AVC no país.
Os números revelam
ainda custos hospitalares relacionados ao tratamento do AVC no sistema de saúde
brasileiro. Entre 2019 e setembro de 2024, foram contabilizadas 85.839
internações, com permanência média de 7,9 dias por paciente, resultando em mais
de 680 mil diárias hospitalares.
Desse total de
diárias, 25% foram em unidades de terapia intensiva (UTI) e 75% em enfermarias.
No período analisado, os gastos acumulados chegaram a R$ 910,3 milhões, sendo
R$ 417,9 milhões em diárias críticas e R$ 492,4 milhões em diárias não
críticas. Apenas em 2024, até setembro, o montante já ultrapassava R$ 197
milhões.
O levantamento
mostra que, ao longo dos anos, houve crescimento constante dos custos, que
praticamente dobraram entre 2019 e 2023, passando de R$ 92,3 milhões para R$
218,8 milhões. O aumento acompanha a alta no número de internações por AVC, que
saltou de 8.380 em 2019 para 21.061 em 2023.
Entenda
De acordo com o
Ministério da Saúde, o AVC acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro
entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem
circulação sanguínea. O quadro acomete mais homens e, quanto mais rápido
for o diagnóstico e o tratamento, maiores as chances de recuperação.
A pasta classifica
como primordial estar atento a sinais e sintomas como confusão mental;
alteração da fala e da compreensão; alteração na visão (em um ou em ambos os
olhos); dor de cabeça súbita, intensa e sem causa aparente; alteração do
equilíbrio, tontura ou alteração no andar; e fraqueza ou formigamento em um
lado do corpo.
O diagnóstico do
AVC é feito por meio de exames de imagem que permitem identificar a área do
cérebro afetada e o tipo do derrame cerebral – isquêmico ou hemorrágico. A
tomografia computadorizada de crânio, segundo o ministério, é o método mais
utilizado para a avaliação inicial, demonstrando sinais precoces de isquemia.
Os fatores de
risco listados pela pasta incluem hipertensão; diabetes tipo 2; colesterol
alto; sobrepeso; obesidade; tabagismo; uso excessivo de álcool; idade avançada;
sedentarismo; uso de drogas ilícitas; e histórico familiar, além de ser do sexo
masculino.
Por: Portal
Correio da PB