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China interrompe compra de soja dos EUA, e Brasil assume liderança nas exportações

Terça-feira, 07 de outubro-(10) de 2025 
Matéria do Portal Paraíba.com.br
Foto: Wenderson Araujo/Trilux
A China interrompeu a compra de soja dos Estados Unidos, abrindo espaço para o Brasil assumir protagonismo no fornecimento do grão ao gigante asiático. A informação foi divulgada em relatório da American Farm Bureau Federation (AFBF), entidade agrícola que representa cerca de 6 milhões de produtores norte-americanos.

Segundo o levantamento, entre janeiro e agosto deste ano, o volume de soja exportado dos EUA para a China caiu 78% em comparação com o mesmo período de 2024. Em 2024, a China havia sido responsável por quase metade das exportações norte-americanas de soja.

O recuo ocorre em meio à escalada da guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo. Como resposta às tensões comerciais, Pequim aplicou tarifas de aproximadamente 20% sobre a soja norte-americana, desestimulando as compras.

O relatório, assinado pela economista Faith Parum, destaca que, entre junho e agosto, os Estados Unidos praticamente não exportaram soja para a China. Além disso, nenhuma compra foi registrada para a nova safra que será embarcada no próximo ano comercial.

Apesar da queda nos embarques dos EUA, a demanda chinesa por soja segue aquecida. O país continua comprando volumes recordes, mas agora priorizando fornecedores como Brasil, Argentina e outros países da América do Sul.

“Mesmo quando os agricultores americanos produzem safras com preços competitivos, a China tem reduzido sua dependência dos Estados Unidos, voltando-se para o Brasil, a Argentina e outros fornecedores”, ressalta o documento.

Impacto no setor agrícola dos EUA
De acordo com projeções citadas no relatório, as exportações agrícolas totais dos Estados Unidos para a China devem somar US$ 17 bilhões em 2025, uma queda de 30% em relação a 2024 e mais de 50% em relação a 2022.

Para 2026, a expectativa é ainda mais negativa: US$ 9 bilhões em vendas, o menor patamar desde a guerra comercial de 2018.

A entidade afirma que os efeitos da disputa comercial já provocam impactos em cadeia sobre o mercado agrícola norte-americano. O cenário é agravado pela ampla oferta global e pela queda na demanda por exportações, o que pressiona os preços de produtos como milho, soja e trigo, reduzindo a receita dos agricultores dos EUA, mesmo diante de boas colheitas.



Por: Portal Paraíba.com.br

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