Terça-feira, 28 de outubro-(10) de 2025
Tempestade já causou quatro mortes no
Haiti e República Dominicana
O furacão Melissa evoluiu para a categoria 5 nesta segunda-feira
(27), com ventos de 260 km/h na região do Caribe, segundo o Centro Nacional de
Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês). Essa é a máxima
classificação da escala Saffir-Simpson.
Ele deve chegar à
Jamaica em breve, onde o governo emitiu neste domingo (26) uma ordem de
retirada para um dos bairros da capital, Kingston, e para outras seis
localidades no país.
“Melissa agora é
um furacão de categoria 5”, afirmou o NHC em seu boletim mais recente. “Ventos
destrutivos, marés de tempestade e inundações catastróficas vão piorar na
Jamaica ao longo do dia e durante a noite.”
O furacão deve
passar pela Jamaica e depois seguir para Cuba e Bahamas. Ele estava localizado
a aproximadamente 505 quilômetros ao sudoeste de Guantánamo.
Pelo menos quatro
pessoas morreram na última semana, na passagem do Melissa pelo Haiti e pela
República Dominicana, onde provocou chuvas intensas e deslizamentos de terra.
A tempestade está
se deslocando a um ritmo lento, que preocupa meteorologistas, pois significa os
chuvas e os impactos podem durar mais tempo do que um furacão que passa mais
rápido.
“A possibilidade
de chuvas extremas, devido à lentidão de movimento, vai provocar uma catástrofe
na Jamaica”, afirmou o vice-diretor do NHC, Jamie Rhome, a jornalistas. “As
condições vão piorar muito, muito rapidamente nas próximas horas. Não saia após
o pôr do sol”, disse.
As autoridades
jamaicanas se preparam para enchentes e deslizamentos de terra, e o governo
anunciou que 881 abrigos estão prontos para receber desabrigados.
Na República
Dominicana, as autoridades enviaram neste domingo drones com alimentos para
famílias isoladas pelas inundações. Imagens captadas pelos dispositivos
mostraram áreas completamente alagadas pelo transbordamento de rios, onde é
impossível entrar ou sair.
O fenômeno natural
pode afetar as tropas dos Estados Unidos que estão estacionadas no mar do
Caribe, como parte da ofensiva militar de Donald Trump contra a Venezuela.
Navios de guerra e aeronaves foram destacadas à região para pressionar o regime
do ditador Nicolás Maduro.
Por: Folhapress

