Terça-feira, 25 de novembro-(11) de 2025
Matéria do Portal Paraíba.com
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| Hugo Motta. Imagem: STF |
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta
(Republicanos-PB), rompeu politicamente com o líder do PT na Casa, Lindbergh
Farias (PT-RJ), nessa segunda-feira (24). A decisão aprofunda a crise que já
vinha se intensificando entre o Palácio do Planalto e o comando da Câmara.
O estopim para o desgaste foi a série de críticas públicas
feitas por Lindbergh após Motta indicar o deputado Guilherme Derrite (PL-SP)
como relator do Projeto de Lei Antifacção, uma escolha que desagradou
profundamente ao governo Lula.
Em entrevistas recentes, o petista acusou Motta de cometer “uma
lambança” ao definir o relator. Ele argumentou que, apesar de o projeto ser de
autoria do Executivo, não se exigia um nome do PT, mas sim alguém neutro e
capaz de dialogar.
O conflito ocorre em meio a outras tensões. Em evento com a
presença de Motta no palco, Lula afirmou que o Congresso vive um momento de
“baixo nível” como nunca antes, declaração que, segundo aliados, também irritou
o presidente da Câmara.
De acordo com um interlocutor próximo a Motta, não há mais
espaço para negociações com Lindbergh: “Nada que venha dele o
presidente acolhe”, afirmou.
No Senado,
Alcolumbre também rompe com o governo
A relação entre o Planalto e o Senado também se deteriorou após
Lula indicar o advogado-geral da União, Jorge Messias, para a vaga de ministro
do Supremo Tribunal Federal (STF). A escolha contrariou o presidente do Senado,
Davi Alcolumbre (União-AP), que defendia abertamente o nome de seu aliado, o
senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Desde a indicação, Alcolumbre tem evitado interlocução com o
governo. Como reação, ainda no mesmo dia, anunciou que pautaria um projeto
considerado adverso aos interesses do Planalto: a regulamentação da
aposentadoria especial para agentes comunitários de saúde e agentes de combate
às endemias.
Por: Portal
Paraíba.com.br

