Domingo, 28 de dezembro-(12) de 2025
Matéria de Amanda Alcântara com Polêmica Paraíba
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| (Foto: Reprodução) |
Uma mulher morreu depois de ser submetida a uma
cirurgia realizada por um homem que fingia ser médico e
assistia a um vídeo do YouTube durante o procedimento. O falso profissional
estava bebâdo durante a operação ilegal. O caso ocorreu na cidade de Barabanki,
na Índia
A vítima, Munishra Rawat, operária e mãe de três filhos, tinha
38 anos e procurou atendimento no dia 4 de dezembro após sentir fortes dores
abdominais. Ela foi levada pelo marido, Tehbahadur Rawat, a uma clínica chamada
Shri Damodar Aushdhalaya, que funcionava sem licença sanitária ou registro no
Departamento de Saúde.
Segundo o marido, o
proprietário do local, Gyan Prakash Mishra, diagnosticou erroneamente o
problema como sendo causado por “pedras” e afirmou que seria necessária uma
cirurgia imediata. Mesmo sem formação médica, Mishra iniciou o procedimento
enquanto assistia a um tutorial no YouTube. Familiares relataram ainda que ele
aparentava estar embriagado no momento da cirurgia.
Durante a operação, Mishra
contou com a ajuda do sobrinho, Vivek Kumar Mishra. De acordo com a denúncia
apresentada à polícia, ambos realizaram incisões profundas e descontroladas,
rompendo artérias e veias importantes. A paciente começou a sangrar
intensamente. Ela também não recebeu anestesia adequada nem cuidados básicos de
esterilização.
O estado
de saúde de Munishra piorou rapidamente. Ela foi levada a um hospital público
no dia seguinte, mas não resistiu às complicações e morreu na noite de 6 de
dezembro. O laudo da autópsia confirmou que a causa da morte foi uma hemorragia
interna provocada por cortes mal executados, descartando apendicite ou cálculos
biliares.
A polícia local abriu um inquérito e registrou um caso de
homicídio culposo por negligência médica. Também foram incluídas acusações com
base na Lei de Prevenção de Atrocidades contra Castas e Tribos Registradas
(SC/ST Act), já que a vítima pertencia à comunidade Dalit, protegida pela
legislação indiana.
Segundo o superintendente
de polícia de Barabanki, Arpit Vijayvargiya, uma equipe médica foi acionada
para verificar as credenciais do acusado e confirmou que Mishra não possuía
qualquer formação em medicina, nem títulos como MBBS ou BAMS. A clínica foi
lacrada, e itens usados no procedimento, incluindo o celular com o vídeo do
YouTube, foram apreendidos.
Gyan
Prakash Mishra e o sobrinho fugiram após o ocorrido e seguem foragidos. A
polícia realiza buscas na região e afirma que não haverá tolerância com
práticas ilegais que coloquem vidas em risco.
“Confiamos nele cegamente. Ele cortou tão fundo que o sangue não
parava”, disse Tehbahadur Rawat em depoimento à polícia. Trabalhador diarista,
ele afirmou ter pedido dinheiro emprestado para pagar parte do valor cobrado
pela suposta cirurgia e agora teme pelo futuro dos três filhos.
Autoridades
de saúde de Uttar Pradesh afirmaram que irão intensificar a fiscalização e
promover campanhas de conscientização para alertar a população sobre os riscos
de procurar atendimento em estabelecimentos não autorizados.
Por: Amara Alcântara com Polêmica Paraíba

