Segunda-feira, 01 de dezembro-(12) de 2025
A
mãe perdeu o poder familiar de Gerson e dos irmãos diante da situação de saúde
mental. Dos filhos, Gerson foi o único que não foi adotado.
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| Foto: Reprodução/Redes Sociais |
O jovem Gerson de Melo
Machado, de 19 anos, morto após invadir a jaula dos leões no Parque Arruda Câmara (Bica), em João Pessoa, tinha histórico
de esquizofrenia na família. Em vídeo publicado nas redes sociais, a
conselheira tutelar, Verônica Oliveira, que atua em Mangabeira e acompanhava o
jovem desde os 10 anos, relatou histórico de abandono e que ele precisava de
tratamento psiquiátrico.
Conforme observou o ClickPB, segundo a conselheira, Gerson
passou por vários acolhimentos institucionais da capital e que ele deveria
estar em um tratamento.
“Gerson, filho de uma mãe esquizofrênica, neto de avós
esquizofrênicos, mas os psiquiatras insistiam em dizer que Gerson era só um
menino que não se adequava ao espaço porque ele tinha problema comportamental”,
afirmou.
A mãe perdeu o poder familiar de Gerson e dos irmãos diante da
situação de saúde mental. Dos filhos, Gerson foi o único que não foi adotado.
“Justamente por ter possível transtorno. A sociedade quer adotar
crianças perfeitas, coisa impossível dentro do acolhimento institucional, onde
só chegam diante de negligência extrema”, afirma.
Ainda segundo a conselheira, o sonho de Gerson desde criança era
ir à África e ser domador de leões.
“Você dizia a mim que ia pegar um avião para ir para um safari
na África para cuidar dos leões. Você ainda tentou, mas agradeci a Deus quando
fui avisada pelo aeroporto que você tinha cortado a cerca e tinha entrado no
trem de pouso do avião da Gol. Dei graças a Deus, porque observaram pelas
câmeras que havia um adolescente, antes que uma desgraça acontecesse”, escreveu.
Gerson morreu em decorrência do choque hemorrágico causado pelos ferimentos.
Por: ClickPB

