Terça-feira, 16 de dezembro-(12) de 2025
Matéria da Agência Brasil
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| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil |
O Plano Clima foi aprovado pelo Comitê
Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM) na última segunda-feira
(15) e deverá começar a valer nos próximos dias, com a publicação no
Diário Oficial da União. Além das Estratégias Nacionais de Mitigação (ENM) e
Adaptação (ENA), a proposta reúne ainda planejamentos setoriais.
“O Plano Clima é um orientador desse conjunto de
ações. Quando a gente fala de adaptação a essa nova realidade, ele traz isso na
forma de 16 agendas de trabalho. E tem o outro lado, de como a gente enfrenta o
problema na sua causa, de como a gente reduz emissões, que traz 8 agendas na
forma de planos setoriais”, explica secretário nacional de mudança do clima do
Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Aloisio Lopes de Melo.
Na prática, são iniciativas a serem adotadas no
país até 2035 pelos setores público e privado, para que o Brasil consiga, ao
mesmo tempo, contribuir para que o aquecimento global não ultrapasse 1,5 °C
e também se preparar para os impactos dessa nova temperatura, como chuvas
e secas extremas.
“Ele orienta o conjunto de atores, como municípios,
por exemplo, para terem um desenvolvimento urbano mais sustentável, seja no
sentido de ter mais mobilidade pública, com modais coletivos, com avanço na
eletriticação dos transportes, uso de biocombustíveis, e na organização da
mobilidade urbana no sentido de ter cidades menos dependentes de combustíveis
fósseis, cidades mais sustentáveis”, diz o secretário.
Segundo de Melo, é um plano que vai além de
políticas públicas a serem implementadas pelo governo federal e subnacionais,
já que orientará também os setores econômicos do país.
“Por exemplo, o Plano Clima estabelece mecanismos
para aumentar a oferta de recursos de financiamento para os investimentos em
atividade de baixo carbono, para que o setor privado possa olhar para essas
prioridades, entender quais são as principais inovações e eixos de atuações e
possa orientar sua atividade e seus investimentos para essa finalidade”,
detalha.
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| Secretário nacional de mudança do clima do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) Aloisio Lopes de Melo Foto: Agência Câmara |
Nações
Unidas
Em
complementação à meta para redução de emissões de gases do efeito estufa
(NDC, na sigla em inglês) apresentada pelo Brasil ao secretariado da
Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês) em
novembro de 2024, o governo entregará também o Plano Clima como um mapa do
caminho para o cumprimento da redução de 59% até 67%, em 2035.
Para
o secretário do MMA, a Estratégia Nacional de Adaptação (ENA), na perspectiva
global, é uma inovação que servirá de exemplo a outros países.
“Vai
servir como referência e ajudar nesse debate internacional e nesse desafio que
todos os países têm de conviver com a mudança do clima, fazendo com que ela não
afete os seus processos de desenvolvimento social e econômico”, diz.
Por: Agência
Brasil


