Sábado, 06 de dezembro-(12) de 2025
Criminosos obtêm dados de forma
ilegal e criam sites falsos
Criminosos têm utilizado nome, Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e
até endereços verdadeiros de contribuintes para criar páginas falsas que
simulam cobranças em nome da Receita Federal. A prática, que vem se
espalhando pelo país, gerou um alerta oficial do órgão após relatos recorrentes
em unidades de atendimento.
As fraudes
costumam ser enviadas por WhatsApp, SMS ou e-mail, sempre acompanhadas de
um link que
direciona o usuário a um site que imita o visual
do Portal Gov.br, com brasões, cores e formatação
semelhantes às de páginas oficiais. Para aumentar a sensação de autenticidade,
os golpistas inserem dados pessoais verdadeiros no documento falso.
Fisco não envia mensagens
A Receita Federal
reforça que não envia cobranças por aplicativos de mensagem, e-mail ou links
externos. Qualquer pendência, débito ou notificação legítima aparece
exclusivamente no e-CAC, o Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte,
acessado pelo site oficial.
Segundo o órgão,
ao receber supostas cobranças com links externos, o
contribuinte deve desconsiderar a mensagem e buscar informações
diretamente no portal oficial, digitando o endereço manualmente no navegador.
Sinais de golpe
As páginas falsas
utilizam endereços que não pertencem ao domínio gov.br, principal indicador de
fraude. Além disso, mensagens fraudulentas costumam trazer elementos de
urgência, como:
• prazos
de poucos minutos para pagamento;
• ameaças
de bloqueio de CPF ou contas bancárias;
• ofertas
de “desconto” para pagamento imediato.
Esse
comportamento, de acordo com a Receita, é típico de golpes digitais que buscam
impedir que o usuário tenha tempo de verificar informações reais.
Vazamento de dados reais
Uma das
características mais preocupantes da nova modalidade é o uso de dados
verdadeiros dos contribuintes. Criminosos obtêm essas informações por meios
ilegais, geralmente vazamentos de grandes bases de dados, e as usam para montar
páginas de cobrança falsas que simulam legitimidade.
Orientações ao contribuinte
A Receita Federal orienta que, ao receber qualquer cobrança
duvidosa:
• não
clique em links recebidos por WhatsApp, SMS, e-mail ou redes sociais;
• verifique
pendências diretamente no e-CAC, acessado apenas pelo site oficial;
• desconfie
de mensagens que contenham termos como “último aviso”, “pague agora” ou
“urgente”; ignore ameaças de bloqueios e ofertas de descontos imediatos.
Em caso de dúvida,
a recomendação é consultar os canais oficiais da Receita Federal, sempre
acessados manualmente, e nunca a partir de links enviados por terceiros.
Por: Agência Brasil

