Quarta-feira, 17 de dezembro-(12) de 2025
Matéria do Portal Metópoles
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| Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles@vinicius.foto |
A decisão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de deixar o cargo até abril de 2026
abriu disputa dentro do governo Lula e do PT em torno da sucessão do atual
chefe da equipe econômica.
Em entrevista ao jornal O Globo, Haddad disse já ter avisado ao
presidente que deixará o ministério para ajudá-lo na campanha à reeleição,
embora o PT queira o ministro como candidato em São Paulo.
Para substituí-lo, Haddad indicou seu número dois no ministério, Dario Durigan. Atual secretário-executivo da pasta,
Durigan conhece o ministro desde que o assessorou na Prefeitura de São Paulo.
O nome
de Durigan, entretanto, enfrenta resistência dentro do PT e entre ministros do
Palácio do Planalto. A crítica é de que o atual número 2 da Fazenda não teria
relação com o partido.
“Ele é um cheque em branco”, afirmou à coluna, sob reserva, um
influente petista com acesso direto ao presidente Lula e a Haddad.
Lideranças do PT mencionam ainda a relação de Durigan com as big
techs. Antes de assumir a secretaria-executiva do Ministério da
Fazenda, ele foi head de
políticas públicas do WhatsApp no Brasil.
A
avaliação no Planalto e de algumas lideranças do PT é de que Lula deveria
nomear como sucessor de Haddad alguém mais próximo do partido, sobretudo por
2026 ser um ano eleitoral.
PT sugere nome a Lula
Com a
resistência a Durigan, petistas e ministros do Planalto passaram a defender
outros nomes para suceder Haddad. Um deles é o de Bruno Moretti, atual
presidente do conselho de administração da Petrobras.
Servidor de carreira do Ministério do Planejamento, Moretti
acumula o cargo na petrolífera com o de secretário especial de Análise Governamental da Casa Civil,
pasta chefiada pelo petista Rui Costa.
Aliados
de Haddad, por sua vez, argumentam que Durigan seria o nome ideal para suceder
o ministro porque já conhece toda a estrutura da pasta. Assim, seria visto como
“continuidade”.
Durigan
chegou ao Ministério da Fazenda na metade de 2023, após o então
secretário-executivo da pasta, Gabriel Galípolo, ter sido indicado por Lula
para a diretoria do Banco Central.
O
número 2 de Haddad também já atuou em outros governos do PT. Ele integrou a
Subchefia para Assuntos Jurídicos (SAJ) da Presidência durante o governo Dilma
Rousseff.
Por:
Metrópoles

