Segunda-feira, 15 de dezembro-(12) de 2025
Matéria de IGOR SIQUEIRA (UOL/FOLHAPRESS)
![]() |
| Foto: Matheus Lima/Vasco Da Gama |
O Vasco levou a melhor sobre o Fluminense nos pênaltis (4 a 3) e está na final da Copa do Brasil contra o Corinthians.
O
time do técnico Fernando Diniz se deu bem, mesmo após perder por 1 a 0 no tempo
regulamentar do jogo de volta do confronto pelas semifinais.
O
goleiro Léo Jardim defendeu duas cobranças (de John Kennedy e Canobbio), e o
pênalti da classificação foi convertido por Puma Rodríguez.
O
jogo só chegou aos pênaltis porque teve um gol contra bizarro do
lateral-direito Paulo Henrique. No jogo de ida, no mesmo Maracanã, o Vasco
tinha vencido por 2 a 1.
O
Vasco não chegava em uma final de Copa do Brasil desde 2011, quando foi campeão
do torneio pela única vez até neste domingo (14).
Ao
longo da campanha, o Vasco também passou por União Rondonópolis, Nova Iguaçu,
Operário-PR, CSA, Botafogo. Chegar à final da Copa do Brasil significa
assegurar, no mínimo, mais R$ 33 milhões em premiação. Esse é o valor pago a
quem for vice-campeão.
O
jogo de ida da final será na próxima quarta-feira, na Neo Química Arena, em São
Paulo. A volta será domingo, no Rio.
MAIS
UMA FESTA BONITA
O
clássico com torcida mista no Maracanã mais uma vez trouxe cenas espetaculares
na arquibancada.
A
torcida do Flu, inclusive, levou um bandeirão que cobriu todo o setor Sul na
entrada dos times em campo. Tudo embalado pelo espírito “vamo virar, Nense”.
PRIMEIRO
TEMPO DO GOL CONTRA
Foi
um primeiro tempo cruel para o Vasco. Mesmo com o Fluminense tomando iniciativa
e precisando virar o duelo no agregado, foi o Vasco quem teve as chances mais
claras de gol.
Fábio
fez pelo menos duas defesas de alto nível, em chutes de Andrés Gómez e Rayan
(falta).
O
Vasco até se defendia bem e conseguia escapar em velocidade, fazendo valer a
formação com jogadores mais móveis na frente.
O
Fluminense partiu de um jogo meio atabalhoado para uma fluência mais efetiva
pelo lado direito de ataque, com Samuel Xavier e Canobbio.
Foi
assim que nasceu o gol. Mas só nasceu, porque quem concretizou mesmo foi o
lateral-direito Paulo Henrique, do Vasco.
O
cruzamento rasteiro de Canobbio encontrou o desvio de Everaldo. Bola na trave!
No
rebote, PH fez toda a força para isolar a bola. Mas ele pegou todo errado nela.
Quase inexplicavelmente, mandou para o próprio gol. Um dos lances mais bizarros
da temporada.
E
o abatimento e o desespero do lateral foram imediato, ao ver a direção para a
qual a bola foi.
Logo
em um ano no qual foi eleito o melhor da posição no Brasileirão e chegou à
seleção brasileira.
E
DEPOIS?
Conhecendo
bem o clássico e o ambiente, Diniz voltou para o intervalo com um gesto em
direção à torcida do Vasco, pedindo ainda mais apoio. A galera cruz-maltina
correspondeu.
Do
outro lado, parte dos tricolores xingou o técnico campeão da Libertadores 2023:
“Ei, Diniz, VNTC”.
O
Vasco usou a mesa estratégia do jogo de ida, quando também estava perdendo por
1 a 0, de aumentar a intensidade na etapa final.
E
aí o duelo Rayan x Fábio voltou a aparecer mais duas vezes antes dos 10 minutos
da etapa final. Primeiro com um chute dentro da área, em um contra-ataque, e
depois em uma cabeçada na qual o goleiro de 45 mais uma vez mostrou agilidade e
posicionamento.
O
Fluminense tentou se reorganizar com Ganso e John Kennedy, além da substituição
que Zubeldía fez no intervalo, tirando o amarelado Nonato e colocando Bernal.
O
jogo teve uma queda de ritmo, mas os lances com mais cara de gol ainda eram do
Vasco. Em uma jogada na área, por exemplo, Rayan armou o chute, mas Thiago
Silva tirou na hora H.
Vegetti,
que decidiu o jogo anterior, entrou aos 27 minutos do segundo tempo. Será que o
enrdedo se repetiria?
A
partir dali, o Fluminense também teve algumas escapadas perigosas. A principal
com Serna, mas ele tentou um drible a mais e tomou decisões completamente
erradas já na área.
O
jogo se desenhou rumo aos pênaltis. E assim aconteceu, a exemplo da outra
semifinal, entre Corinthians e Cruzeiro.
E
NOS PÊNALTIS?
Thiago
Silva abriu as cobranças do Flu e acertou. Mas logo na primeira batida, Fábio
defendeu o chute de Vegetti logo ele, que tinha feito o gol da vitória na
ida.
Mas
John Kennedy perdeu para o Flu, com defesa de Léo Jardim. Coube a Rayan empatar
a disputa.
Ganso
acertou o dele. Victor Luís também. Renê acertou, Coutinho botou no ângulo. E
aí veio Canobbio. Bateu no meio, e Léo Jardim defendeu. Coube a outro uruguaio,
Puma, converter e classificar o Vasco.
FLUMINENSE
Fábio, Samuel Xavier (Guga), Thiago Silva, Freytes e Renê; Martinelli (Otávio),
Nonato (Bernal) e Lucho Acosta (Ganso); Canobbio, Kevin Serna e Everaldo (John
Kennedy). T.: Luís Zubeldía.
VASCO
-Léo Jardim, Paulo Henrique (Victor Luís), Cuesta, Robert Renan e Puma
Rodríguez; Barros, Thiago Mendes (Hugo Moura) e Coutinho; Nuno Moreira
(Vegetti), Andrés Gómez (Matheus França) e Rayan.
-T.: Fernando Diniz
-Batedores do Flu:
Thiago Silva, John Kennedy (x), Ganso, Renê, Canobbio (x)
Thiago Silva, John Kennedy (x), Ganso, Renê, Canobbio (x)
-Batedores do Vasco: Vegetti (x), Rayan, Victor Luís, Coutinho, Puma
-Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
-Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (Fifa-GO)
-Assistentes: Rodrigo Figueiredo Correa (Fifa-RJ) e Bruno Pires (Fifa-GO)
-Cartões amarelos: Samuel Xavier, Lucho Acosta, Nonato, Everaldo, Serna, Canobbio (FLU); Andrés Gómez, Cuesta, Paulo Henrique (VAS)
-Gols: Paulo Henrique, contra, 35’1ºT (1-0).
-Assistentes: Rodrigo Figueiredo Correa (Fifa-RJ) e Bruno Pires (Fifa-GO)
-Cartões amarelos: Samuel Xavier, Lucho Acosta, Nonato, Everaldo, Serna, Canobbio (FLU); Andrés Gómez, Cuesta, Paulo Henrique (VAS)
-Gols: Paulo Henrique, contra, 35’1ºT (1-0).
Por:
* IGOR SIQUEIRA (UOL/FOLHAPRESS)

