Quarta-feira, 10 de Fevereiro de 2016.
A escola de samba Império de Casa Verde venceu o carnaval 2016 em
São Paulo. A taça foi conquistada com 269,4 pontos. Este é o terceiro título da
escola, que ganhou em 2005 e 2006. Em segundo lugar, ficou a Acadêmicos do
Tatuapé, com 269,1 pontos - a mesma pontuação da Mocidade Alegre, mas a Tatuapé
levou vantagem nos critérios de desempate.
Foram rebaixadas a Pérola Negra e a X-9 Paulistana. A Pérola
negra, que voltou à elite do carnaval neste ano, cantou e dançou o bairro da
Vila Madalena. Já a X-9 fez uma homenagem a Belém e ao açaí, fruta típica do
Pará.
Segunda a desfilar no 2º dia do Grupo Especial, a Império de
Casa Verde falou sobre a fascinação de decifrar mistérios. Com o enredo
"Império dos Mistérios", a escola da Zona Norte abordou questões da
fé, origem das civilizações e mistérios da humanidade ao longo dos séculos. A
escola levou carros alegóricos de grandes dimensões e forte impacto.
Para buscar o seu terceiro título no carnaval, a Casa Verde
apostou no luxo, sem economia no uso de plumas e penas. O belo acabamento das
fantasias e alas coreografadas também foram ponto alto do desfile assinado pelo
carnavalesco Jorge Freitas.
"Acho que [a escola] tinha uma comunidade muito forte,
que mostrava do que eles são capazes. Estamos há muito tempo sendo vice, em
busca de um título. E faltava pouquinho. Acho que a diferença foi abrir a casa
como a gente abriu [para a comunidade]", disse o presidente da escola,
Alexandre Furtado, após a vitória. A rainha de bateria da escola, Valeska reis,
comemorou na quadra. "Esse ano a gente se preparou de uma maneira
diferente. Colocamos na cabeça que uma comunidade feliz poderia trazer o título
e deu certo", disse.
Já a Acadêmicos da Tatuapé encerrou a primeira etapa de
desfiles do Grupo Especial de São Paulo com uma homenagem à Beija-Flor de
Nilópolis, a atual campeã do carnaval do Rio de Janeiro.
Confusão na apuração
A apuração foi realizada no palácio de convenções do Anhembi, na Zona Norte. Durante a leitura das notas do quesito evolução, houve tumulto porque o segundo jurado não deu a nota para a escola Império de Casa Verde. Por isso, a maior nota recebida pela escola pelos outros jurados nesse quesito foi repetida, segundo determina o regulamento.
A apuração foi realizada no palácio de convenções do Anhembi, na Zona Norte. Durante a leitura das notas do quesito evolução, houve tumulto porque o segundo jurado não deu a nota para a escola Império de Casa Verde. Por isso, a maior nota recebida pela escola pelos outros jurados nesse quesito foi repetida, segundo determina o regulamento.
Um novo tumulto começou na leitura das notas do quesito
harmonia, pois o segundo jurado também não deu a nota para a escola Dragões da
Real. Um integrante da Vila Maria foi imobilizado pela polícia durante a briga
e foi retirado do local.
A leitura das notas foi fechada para o público em geral, e
apenas alguns representantes das escolas estavam presentes. A apuração é feita
desta forma desde 2013, já que uma grande confusão tomou conta da leitura das
notas em 2012 após um homem invadir o palco e rasgar notas.
Fantasia como desempate Na noite de segunda-feira (8), a Liga
e a SPTuris decidiram alterar o local da apuração do Sambódromo para o palácio
de convenções por causa das fortes chuvas que têm ocorrido nos últimos dias.
Foram lidos os seguintes quesitos, na ordem: mestre-sala e
porta-bandeira, enredo, alegoria, samba-enredo, evolução, bateria, harmonia,
comissão de frente e fantasia.
Para desempate, o critério é a ordem ao contrário. Ou seja,
fantasia foi primeiro quesito para determinar uma campeã.
Mesmo com a suspeita de um integrante da Vai-Vai ter agredido
um funcionário e, no caso da X-9, um rapaz cair de um carro alegórico, a Liga
da Escolas de Samba informou que nenhuma concorrente perdeu pontos.
G1