Terça-feira, 29 de novembro de 2016
Segundo autoridades colombianas, há 76 mortos e 5
sobreviventes.
Avião decolou de Santa Cruz de la Sierra (Bolívia) com 81 pessoas a bordo.
Avião decolou de Santa Cruz de la Sierra (Bolívia) com 81 pessoas a bordo.
Ferido em queda de avião da Chapecoense é atendido em hospital na
Colômbia (Foto: Reprodução/TV Globo)
O avião que transportava a delegação da Chapecoense para
Medellín, na Colômbia, sofreu um acidente na madrugada desta terça-feira (29),
informam autoridades colombianas. Segundo autoridades colombianas, há 76 mortos
e cinco sobreviventes. O avião da LaMia, matrícula CP2933, decolou de Santa
Cruz de la Sierra, na Bolívia, com 81 pessoas a bordo: 72 passageiros e 9
tripulantes.
Segundo o Aeroporto Internacional José Maria Cordova, de
Medellín, os cinco sobreviventes são os jogadores Alan Ruschel, Danilo e
Follmann, o jornalista Rafael Henzel e a comissária Ximena Suarez.
O ex-jogador Mario Sergio, comentarista do canal
FoxSports, está entre as vítimas, segundo o Bom Dia Brasil.
Os jogadores da equipe de Santa Catarina são os goleiros
Danilo e Follmann; os laterais Gimenez, Dener, Alan Ruschel e Caramelo; os
zagueiros: Marcelo, Filipe Machado, Thiego e Neto; os volantes: Josimar, Gil,
Sérgio Manoel e Matheus Biteco; os meias Cleber Santana e Arthur Maia; e os
atacantes: Kempes, Ananias, Lucas Gomes, Tiaguinho, Bruno Rangel e Canela.
O acidente
Segundo a imprensa local, a aeronave com o
time catarinense perdeu contato com a torre de controle às 22h15 (local, 1h15
de Brasília) e caiu ao se aproximar do Aeroporto José Maria Córdova, em
Rionegro, perto de Medellín.
O Comitê de Operação de Emergência (COE) e a gerência do
aeroporto informaram que a aeronave se declarou em emergência por falha técnica
às 22h (local) entre as cidades de Ceja e La Unión. Anteriormente, a imprensa
colombiana informou possível falta de combustível como causa do acidente. Mas a
mídia local informou que o piloto despejou combustível após perceber que o
avião iria cair.
Segundo a rede de TV Caracol, da Colômbia, a aeronave
sumiu do radar entre La Ceja e Abejorral.
Uma operação de emergência foi ativada para atender ao
acidente. A Força Aérea Colombiana dispôs helicópteros para ajudar em trabalhos
de resgate, mas missões de voos foram abortadas nesta madrugada por causa das
condições climáticas. Choveu muito na região na noite de segunda, o que reduziu
muito a visibilidade.
Equipes chegaram ao local do acidente por terra, mas o
acesso à região montanhosa é difícil e a remoção é lenta.
Ambulância chega a hospital na Colômbia (Foto: Reprodução/TV Globo)
Final de campeonato
O time da Chapecoense embarcou para a
Colômbia na noite de segunda (28), para disputar a primeira partida da final da
Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional, na quarta (30). Inicialmente, a
delegação embarcou em um voo comercial de São Paulo até a Bolívia. Lá, o grupo
pegou um voo da LaMia.
Em comunicado, o clube de Santa Catarina informou que
espera pronunciamento oficial da autoridade aérea colombiana sobre o acidente.
Em seu perfil no Twitter, o Atlético Nacional lamentou o
acidente e prestou solidariedade à Chapecoense: "Nacional lamenta
profundamente e se solidariza com @chapecoensereal pelo acidente ocorrido e
espera informação das autoridades".
O primeiro jogo da decisão, marcado para esta
quarta-feira (30), foi cancelado, segundo a Confederação Sul-Americana de
Futebol (Conmebol). A CBF adiou a final da Copa do Brasil, entre Grêmio e
Atlético Mineiro, inicialmente prevista para amanhã.
O Itamaraty, pelo telefone, informou que a embaixada do
Brasil em Bogotá está em contato com as autoridades colombianas para obter
informações sobre o acidente. A assessoria informou que as notícias ainda
chegam desencontradas.
O Ministério das Relações Exteriores vai esperar um posicionamento
oficial sobre vítimas e circunstâncias do acidente para se pronunciar. Está
previsto que divulguem uma nota oficial ainda agora de manhã. O embaixador em
Bogotá se chama Julio Bitelli.
A companhia
A LaMia (Línea Aérea Mérida Internacional
de Aviación) é uma companhia de aviação que foi inicialmente constituída na
Venezuela no ano de 2009 e depois mudou sua sede para a Bolívia (Santa Cruz de
la Sierra). A empresa vem sendo desenvolvida para voos não regulares (charter),
com o objetivo de permitir o desenvolvimento de atividades no país e no
exterior, com aeronaves de grande porte - de passageiros e de carga.
Do G1, em São Paulo