Terça-feira, 22 de março de 2017
O senador Paulo Paim (PT-RS) protocolou nesta terça-feira (21), junto à
Secretaria-Geral da Mesa do Senado, um requerimento de criação de uma Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a apurar eventuais desvios de dinheiro
da Previdência Social.
O pedido de criação
da CPI da Previdência foi assinado por 47 senadores e recebeu apoio informal de
outros três parlamentares.
Paim protocolou o
requerimento acompanhado de líderes de sindicatos e de movimentos sociais, que
gritavam palavras de ordem contra as reformas da Previdência, trabalhista e
contra o projeto que regulamenta a terceirização.
De acordo com o
regimento do Senado, são necessárias pelo menos 27 assinaturas para que uma CPI
seja criada. Os parlamentares que assinaram o documento ainda podem retirar
suas assinaturas se desejarem.
O pedido de criação
da CPI da Previdência acontece no momento em que a Câmara dos Deputados analisa
uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para mudar as regras
previdenciárias.
Entre outros pontos,
a PEC pretende estabelecer a idade mínima de 65 anos para que um trabalhador,
independente do sexo, possa se aposentar e o tempo mínimo de contribuição de 49
anos para que a pessoa possa receber o benefício integral.
“Eu confio nos
senadores, por isso estou convicto que esta CPI vai ser instalada, agora, no
mês de abril. O objetivo da CPI é a verdade. Nós temos dados de fiscais da
receita e eles provaram para nós e vão provar para o Brasil, nesta CPI, que a
Previdência é superavitária”, disse Paim após o protocolo do requerimento.
Paim também disse que
outro objetivo da CPI é “combater a fraude, a sonegação e a corrupção” na
Previdência Social.
“A CPI é instrumento
para agir aqui dentro e nas ruas, nós vamos fazer o debate em todos os estados,
para que a população saiba quem está assaltando os cofres da nossa seguridade e
quer que o trabalhador venha pagar outra vez. Não vai pagar”, finalizou Paim.
G1