Sábado, 03 de março de 2017
Especialistas descobriram a
existência de uma fossa comum em um antigo orfanato católico na Irlanda, onde
estariam enterrados sem identificação 800 bebês e crianças. O caso gerou
repercussão na Europa nesta sexta-feira (3).
Testes de DNA apontaram que as crianças enterradas nas 20
câmaras da fossa tinham idade entre 35 semanas e 3 anos. A investigação foi
feita por uma comissão, instituída pelo governo local para apurar a atuação de
centros religiosos no auxílio a jovens grávidas, após uma denúncia da historiadora
Catherine Corless, que descobrira a certdião de óbito de 800 crianças
residentes na instituição, mas nunca os registros de enterro delas.
Localizado na cidade de Tuam, o orfanato “Bon Secours Mother and
Baby Home” funcionou entre os anos de 1925 e 1961 como um lar para crianças e
mães solteiras jovens.
A comissão afirma que as mulheres e jovens que viveram nas casas
católicas e conventos sofreram fome, miséria e tratamentos violentos, o que
levou à morte de várias meninas e de seus bebês. Muitas jovens trabalhavam
gratuitamente em troca do auxílio das freiras na gravidez e no parto. Após os
bebês nascerem, eles eram colocados em uma ala separada da de suas mães e
entregues para adoção.
Lançado em 2013, o filme “Philomena” narra um episódio inspirado
em fatos reais ocorridos na Irlanda em 1952, com uma mulher que engravidou na
adolescência, foi mandada para o convento Roscrea e teve seu filho vendido
pelas freiras católicas. Em 2014, a mulher que inspirou o filme, a irlandensa
Philomena Lee, reuniu-se com o papa Francisco, no Vaticano.
Atualmente, ela está à frente do “Philomena Project”, que tenta
ajudar outras mães a encontrarem seus filhos e luta para que o governo irlandês
promulgue uma lei que permita consultas a registros de crianças adotadas. (ANSA)
Notícias ao
Minuto.