Sábado, 25 de março de 2017
Fator Alexandrino: ele
viajava com Lula pra África: e hoje dedurou Dilma e Temer
Brasília-DF 11-08-2015
Fotos Lula Marques/Agência PT. Presidenta Dilma durante cerimônia de anúncio do
Programa de Investimento em Energia Elétrica
O Tribunal Superior Eleitoral já tem
elementos para cassar Michel Temer da presidência da República.
Isso porque, em depoimento ao ministro Herman Benjamin, o
ex-diretor da empreiteira, Alexandrino Alencar, disse que a chapa Dilma-Temer
recebeu R$ 21 milhões em espécie, na disputa presidencial de 2014.
O dinheiro teria sido usado para comprar o apoio de partidos
políticos como PRB, Pros, PCdoB e PDT.
Lula e Alexandrino
Em agosto de 2016 este blog trouxe a periculosidade que era,
para o PT, a boca rota de Alexandrino Alencar: chamei a tudo de O Fator
Alexandrino. Confira:
http://bit.ly/2ni1qbU
Vamos explicar Alexandrino…
No dia 19 de junho de 2015 a Polícia Federal deflagrou a
14ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Erga Omnes, contra as construtoras
Norberto Odebrecht e Andrade Gutierrez. Cerca de 220 agentes cumpriram doze
mandados de prisão e 38 de busca e apreensão em quatro estados (São Paulo, Rio
de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul). Alvos de mandados de prisão preventiva,
o diretor-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e o presidente da Andrade
Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, já haviam sido presos. Naquele dia foram
expedidos mandados de prisão preventiva contra o diretor de Relações
Institucionais da Odebrecht, Alexandrino Alencar, apontado por delatores do
Petrolão como operador de propina na empreiteira, o diretor Rogério Araújo, da
Odebrecht Plantas Industriais e Participações, e o executivo Márcio Faria,
citado por delatores como o contato da construtora no Clube do Bilhão.
Alexandrino Alencar viajou com Lula e lhe pagou as passagens
Lembrando o vínculo: em 13 de abril de 2015, a Odebrecht
esclareceu, em nota divulgada no jornal O Globo, ter pagado por uma viagem de
Lula em 2013. Segundo a nota, tudo porque o ex-presidente realizou uma
palestra “para empresários, investidores, políticos e formadores de opinião”. O
roteiro da viagem passou por Cuba, República Dominicana e Estados Unidos,
conforme noticiou o Globo naquele domingo 12 de junho de 2015.
Lula viajou acompanhado do diretor de Relações Institucionais da
construtora, Alexandrino Alencar, que é apontado por três delatores da Lava
Jato como sendo o operador do pagamento de propinas para a empreiteira no
exterior. Aliás, você pode até ver que o nome dele está no comunicado da
Odebrecht no Globo.
Segundo a Líder Táxi Aéreo, responsável pelo voo em que estava
Lula, foi pedido sigilo pela contratante.
O Instituto Lula confirmou a palestra concedida pelo
ex-presidente e esclareceu que nem sempre a organização divulga na agenda
oficial a participação do petista em eventos privados. Questionado sobre seu
relacionamento com Lula, Alexandrino Alencar respondeu que “conhece o
ex-presidente Lula e sempre teve com ele uma relação de cordialidade e respeito”.
Na nota, a Odebrecht afirmou que “é de conhecimento público e já
esclarecido inúmeros vezes para a imprensa (…) que nossa empresa patrocinou,
sim, algumas palestras de ex-presidentes (Fernando Henrique Cardoso, Lula e o
espanhol Felipe Gonzalez) no Brasil e no exterior. São ações remuneradas para
participações em eventos públicos, absolutamente legítimas e transparentes”,
diz o texto.
Veja a inicial contra Alexandrino:
http://www.prpr.mpf.mp.br/pdfs/2015-1/lava-jato-1/24-07-Denuncia_Odebrecht.pdf
Bem: em 3 de março passado ex-presidente da Odebrecht
Ambiental Fernando Reis, que depôs nesta quinta-feira no processo que pode
levar à cassação da chapa Dilma-Temer, disse que a empreiteira repassou 4
milhões de reais em recursos de caixa 2 para “consolidar” o apoio do PDT à
chapa nas eleições presidenciais de 2014. A informação reforça a revelação de
VEJA feita no início de fevereiro (edição 2.516), na matéria “Apoio comprado
com dinheiro sujo”.
De acordo com Reis, o então presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht pediu
que ele procurasse Alexandrino de Alencar, ex-executivo da empresa, porque este
“precisava de apoio”. A ajuda, segundo Reis, seria pela proximidade que ele
teria com lideranças do PDT para que o partido aceitasse os 4 milhões de reais
em troca de consolidar sua participação na coligação de Dilma-Temer.
Bem… nesta quinta-feira a Folha de S. Paulo denunciou:
o ex-diretor de relações institucionais da
Odebrecht, Alexandrino Alencar disse, em depoimento aos procuradores
da força-tarefa da Lava Jato, que a as obras na casa e no lago do sítio Santa
Bárbara, em Atibaia, interior de São Paulo, frequentado pela família do
ex-presidente Lula duraram um mês, segundo informações publicadas pelo
jornal.
Segundo o ex-executivo, as obras feitas pela Odebrecht
começaram no dia 15 de dezembro de 2010 e terminaram no dia 15 de janeiro
seguinte. Formalmente, o sítio pertence a Fernando Bittar e Jonas Suassuna,
sócios de Fábio Luiz Lula da Silva, filho do ex-presidente.
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