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Bactéria na genitália pode aumentar risco de contrair HIV

Quarta-feira, 16 de agosto de 2017
Capixaba
Ainda temos o alarmante número de 37 milhões de pessoas vivendo com HIV no mundo e 2 milhões de novas infecções a cada ano, de acordo com a IAS, sigla em inglês para Sociedade Internacional de AIDS. E a doença que vem sendo estudada há mais de 30 anos não para de surpreender.

Estudos recentes sugerem que algumas bactérias na vagina podem aumentar o risco de HIV e agora há evidências de que a composição do microbioma do pênis também é importante, segundo estudo publicado no periódico científico mBio.

Os dados são resultados de um estudo maior com duração de dois anos sobre circuncisão. No experimento uma equipe de pesquisadores analisou as bactérias presentes no prepúcio de pacientes na Uganda.

O teste realizado entre 2004 e 2006 incluía 182 pacientes não circuncidados. Entre eles, 46 se infectaram com HIV e 136 não se infectaram. Todos tinham aproximadamente a mesma quantidade de bactérias em seus pênis, mas aqueles que acabaram contraindo o vírus tinham números muito maiores de tipos de bactérias que não precisam de oxigênio para sobreviver, organismos anaeróbios.

Os pesquisadores acreditam que embora o sexo seguro seja a melhor forma de prevenção, pode ser que no futuro seja possível controlar bactérias específicas no pênis com um antimicrobiano para dessa forma ajudar a reduzir ainda mais os riscos de infecção por HIV.

Foco no tratamento
A doença que já foi considerada uma sentença de morte hoje traz novas perspectivas de tratamentos, como foi possível observar na nona edição da Conferência de Investigação sobre o HIV, organizada pela Sociedade Internacional contra a Aids, que trouxe novos olhares e expectativas. Entre os destaques está um estudo que pode mudar a forma de tratamentos dos infectados: uma injeção mensal para substituir os comprimidos diários. As doses poderão ser administradas a cada quatro semanas ou a cada oito.

Atualmente o tratamento é feito com um comprimido por dia. Embora ainda não seja possível eliminar o vírus por completo, os antirretrovirais controlam a doença para que os pacientes possam viver mais e melhor, além de diminuir consideravelmente os riscos de transmissão.

Segundo informações divulgadas pelo último relatório da Unaids, Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, mais da metade dos 36,7 milhões de soropositivos estavam recebendo medicamentos contra o vírus em 2016. O equivalente a 53% do pacientes estavam tomando antirretrovirais com melhores expectativas de vida.

O documento também mostra que entre os anos de 2000 e 2016 o número de mortes relacionadas à doença foi reduzido em 12% na América Latina. A nível global a queda foi de 48% entre os anos de 2005 e 2016, passando de 1,9 milhão para 1 milhão. “Estamos no ritmo para se alcançar a meta de ter 30 milhões de pessoas em tratamento em 2020, para a partir daí chegarmos a 2030 com essa epidemia sob controle”, disse em depoimento o vice-diretor executivo do Unaids, Luiz Loures.



Por Gislene Trindade/Yahoo Notícias

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Formado em radialismo,Cursou A FUNETECE,Ensino médio Completo,E-mail: radialistasergiothiago@gmail.com.
 
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