Segunda-feira, 18 de setembro de 2017
Detentos foram
transferidos para penitenciária PB1 para recuperação da estrutura física do
Roger, danificada no motim, diz gerente da Seap.
Tumulto foi
registrado no presídio do Roger, em João Pessoa, neste sábado (16) (Foto:
Sílvia Torres/TV Cabo Branco)
Sessenta e dois detentos foram transferidos da penitenciária
Flósculo da Nóbrega, o presídio do Roger, para o complexo penitenciário PB1, em
Jacarapé, ambos em João Pessoa, na noite de sábado (16). A informação da
transferência dos presos foi confirmada neste domingo (17) pelo gerente do
sistema prisional da Secretaria de Administração Penitenciária da Paraíba
(Seap), João Paulo Ferreira Barros.
A realocação dos presos ocorreu após um tumulto entre os pavilhões 2 e 3
do presídio do Roger iniciado na tarde de sábado e
controlado ainda na noite do mesmo dia. Pelo menos dois detentos ficaram
feridos no tumulto e foram levados para o Hospital de Emergência e Trauma de
João Pessoa.
De acordo com João Paulo Ferreira
Barros, gerente do sistema penitenciário da Paraíba, os 62 presidiários foram
transferidos para a penitenciária PB1 para que o trabalho de reforma na
estrutura física dos pavilhões danificados no motim fosse iniciado. Não há
previsão para conclusão da obra de recuperação da estrutura destruída, mas os
trabalhos foram iniciados ainda no sábado.
Gerente do
sistema penitenciário explicou que foram usados projéteis não-letais na
contenção do tumulto no presídio do Roger (Foto: Reprodução/TV Cabo Branco)
Ainda de acordo com o gerente do sistema penitenciário, a confusão se deu por conta da
descoberta de um túnel em uma das celas. Depois da descoberta os apenados começaram a jogar pedras
nos agentes penitenciários no presídio do Roger e foi preciso acionar mais
força policial, dando início ao tumulto desta tarde, segundo o gerente.
Durante o conflito objetos foram queimados dentro das
celas. Dois detentos, de 30 e 23 anos, deram
entrada no Hospital de Trauma na noite de sábado vítimas de arma de fogo,
passaram por procedimentos médicos e seguiam com quadro clínico estável.
Conforme boletim divulgado na noite
de sábado, os dois presidiários seguiam em estado de saúde estável. Sobre os
ferimentos, João Paulo Ferreira Barros negou que os ferimentos tivessem sido
causados por projéteis letais e que a incursão no presídio para controlar o
motim foi feito apenas com armas de fogo de bala de borracha.
“Foram usadas apenas projéteis não-letais, se houve feridos,
foi por balas de borracha. Mas pelo fui informado, os dois apenados feridos na
ocorrência receberam alta médica do hospital”, completou o gerente do sistema
prisional.
João Paulo Ferreira Barros explicou que o presídio do Roger
tem capacidade para 600 apenados mas abriga 1.240 pessoas que cumprem suas
penas em regime fechado. Quanto ao túnel ainda não há informações sobre
profundidade e nem tamanho, mas sabe-se que ele passava por mais de uma cela.
Grupos
especiais trabalharam na contenção do motim no presídio do Roger, em João
Pessoa (Foto: Sílvio Torres/TV Cabo Branco )
Por G1 PB