Sábado, 16 de março de 2019
As mudanças propostas na reforma da Previdência para o Benefício
de Prestação Continuada (BPC) e para a aposentadoria rural foram alvos de
críticas do deputado federal Efraim Filho (DEM), coordenador da bancada federal
da Paraíba na Câmara.
Os comentários foram feitos nesta sexta-feira (15) ao ir ao
encontro de empresários na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Campina
Grande para debater a reforma da Previdência. Também estiveram presentes os
deputados federais Pedro Cunha Lima (PSDB) e Julian Lemos (PSL).
Para ele, o BPC tem que permanecer com as regrais atuais de
concessão. Com a reforma, o benefício assistencial pago atualmente a partir dos
65 anos para os idosos diminui para os 60, mas com redução no valor do
pagamento. No lugar de um salário-mínimo, o prevê R$ 400.
Somente a partir dos 70 anos, o pagamento passaria a ser de R$
998. As regras não mudam para os deficientes, mas ao idoso será acrescentado ao
critério de renda familiar inferior a ¼ de salário-mínimo por pessoa, o
cumprimento da regra de que o patrimônio familiar seja inferior a R$ 98 mil.
Outra mudança diz respeito à aposentadoria rural. Atualmente, a
idade mínima é de 55 anos para mulheres e 60 anos para homens, com 15 anos de
contribuição. Na PEC, essa contribuição sobe para 20 anos. E a idade é igualada
nos 60 anos para os dois gêneros.
“Somos contra qualquer mudança do aposentado rural. Quem está de
domingo a domingo, de sol a sol, pegando na enxada, ordenhando vaca, fazendo
cerca, capinando muito, levando sol e poeira, é diferente de quem está na vida
urbana”, afirmou o deputado.
Apesar das críticas, ele reconheceu que é preciso evoluir e
avançar na quebra dos privilégios e na redução dos ‘marajás’ do serviço
público”. A expressão é usada em referência aos funcionários que recebem altos
salários na administração pública.
“O modelo atual é extremamente desigual. Tira do pobre para dar
ao rico. O pobre humilde e o trabalhador privado estão sustentando o privilégio
do juiz, do promotor e do agente político que se aposentam com mais de R$ 30
mil por mês, pago pelo dinheiro público”, afirmou.
Fonte: Paraibaonline