Sábado, 11 de maio de 2019
O presidente da Comissão Especial da Reforma da Previdência na
Câmara participou de evento em SP
Se corrigimos a narrativa e formos verdadeiros com a
população o tempo vai cuidar de mostrar que nós estamos pensando no futuro do
país”, disse Ramos.
O deputado federal Marcelo Ramos (PR/AM),
presidente da Comissão Especial da Reforma da
Previdência na Câmara, afirmou que hoje “o maior inimigo da
reforma é o próprio governo”.
Durante um evento na FGV, em São Paulo, nesta sexta-feira (10), o
parlamentar declarou que falta transparência tanto do governo, quanto da
oposição com relação às mudanças propostas nas aposentadorias.
“Falta dizer que não é verdade que a reforma é só pra combater
privilégios. Ela é pra fazer ajuste fiscal e pede sacrifícios também de pessoas
de renda média e algumas até de renda baixa, mas ela é necessária para gerar
emprego pra quem não tem renda nenhuma”, destacou.
Para ele, o tempo dirá que a reforma é necessária: “Se corrigirmos a
narrativa e formos verdadeiros com a população, o tempo vai cuidar de mostrar
que nós estamos pensando no futuro do país”.
Ramos completou traçando panorama sobre a economia possível após a
Reforma: “Com a atualização que o Governo fez de que a economia prevista da
Reforma é de 1,240 trilhão de reais, se você tirar o BPC, o Rural e os
professores, nós ainda teríamos uma economia na ordem de 1, 100 trilhão de
reais. O que demonstra que é possível fazer uma Reforma protegendo as pessoas
mais pobres, sem perder o poder fiscal”.
Questionado se a decisão do congresso
sobre devolver o COAF ao ministério da Economiamostra fraqueza na
base do governo, Marcelo Ramos declarou que não considera a medida uma derrota,
mas que a confusão gerada em torno disso criou conflitos e fez a discussão da
matéria “dar passos atrás”. “O governo é muito inábil no trato com o
Congresso”, analisou.
Mudanças no texto
Marcelo Ramos acredita que cresce entre os parlamentares a ideia de
criar regras de embarque e desembarque dos estados e municípios na reforma.
O amazonense voltou a dizer que as mudanças no texto dependem da
capacidade dos deputados de resistirem à pressão de corporações e servidores
públicos.
Calendário
De acordo com o deputado, as audiências públicas devem ocorrer até o
final de maio e o calendário previsto está mantido. “Do fim das audiências
públicas em diante, o tempo [para tramitação] é o tempo da política e da
capacidade do governo de articular os votos necessários para aprovação da
matéria”, afirmou.
Fonte: Jovem Pan