Sexta-feira, 28 de junho de 2019
O
contrato a ser firmado com a OS vencedora do processo será em caráter
emergencial e, por isso, durará por seis meses
Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa (Foto: Divulgação)
A Organização Social Cruz
Vermelha – estopim para a deflagração da Operação Calvário na Paraíba – vai
sair de cena a partir de segunda-feira (1º) quando uma nova OS passará a
gerenciar o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João
Pessoa. São duas a disputar o controle de um dos maiores hospitais do estado,
de acordo com o secretário Geraldo Medeiros. O Instituto Acqua e a Santa Casa
de Misericórdia de Birigui, ambas de São Paulo.
O contrato a ser firmado com a OS
vencedora do processo será em caráter emergencial e, por isso, durará por seis
meses apenas. Após esse prazo, uma nova escolha será feita de forma definitiva.
“A partir de segunda teremos uma nova gestão e um novo modelo gerencial. Tem
duas OS habilitadas e estão fazendo a propostas, que está sendo avaliada para
que uma delas seja escolhida para gerenciar de forma emergencial”, explicou
Geraldo Medeiros durante entrevista concedida ao Programa Correio Debate, da
Rádio Correio Sat/98 FM.
A mudança, entretanto, estaria
causando desconforto entre servidores e fornecedores, pela incerteza do
recebimento de seus proventos. Porém, o secretário deixou bem claro que não é
necessário haver essa preocupação e que todos serão pagos pelos seus serviços
prestados.
“Esse é um governo que a população
sabe que não engana ninguém. Tivemos problemas com OS em Patos, em Taperoá, mas
todos os servidores receberam após negociação e o mesmo acontecerá com o
Trauma. Os servidores e fornecedores vão receber. Já temos disponível o
numerário para esse pagamento. Durante esse período de intervenção que foi
feito no hospital, fizemos essa reserva para fazer o pagamento de dívidas trabalhistas”,
ressaltou o secretário.
Alerta
Geraldo Medeiros assegurou, ainda,
que todos os cuidados estão sendo tomados para que a Organização Social que
vier a vencer o processo para gerir o Trauma esteja habilitada para isso. “Não
é só menor preço. É preciso de uma análise técnica que passará por todos os
órgãos de controle. Temos recebido alertas do Tribunal de Contas e estamos
vigilantes para que seja escolhida a OS mais habilitada”, enfatizou.
Nice Almeida – Portal Correio