Terça-feira, 09 de julho de 2019
O deputado disse que o
texto preserva o benefício de prestação continuada (BPC) para as pessoas com
deficiência e idosos abaixo da linha da pobreza.
Efraim Filho critica as altas aposentadorias (Foto: ClickPB)
Líderes partidários
voltam a se reunir na tarde de hoje (9) para tentar chegar a um acordo de
procedimento para o processo de votação em plenário da reforma da Previdência
na Câmara dos Deputados, marcado para começar ainda nesta terça-feira (09). A
oposição está tentando obstruir a votação. O deputado Efraim Filho (DEM)
reafirmou ao ClickPB, nesta terça-feira, que defende a aprovação do texto por
entender que preservou os mais pobres, mas ainda é contra a manutenção de
privilégios, inclusive para magistrados e membros do Ministério Público.
Segundo ele, o texto preservou o trabalhador
rural, deficientes e idosos. "A gente conseguiu retirar qualquer
modificação de regra do trabalho rural, que é um trabalho diferenciado, foi uma
exigência da bancada do Nordeste, já que a gente sabe que é de domingo a
domingo, sol a sol, batendo estaca", disse Efraim. O deputado também citou
a preservação do benefício de prestação continuada (BPC) para as pessoas com
deficiência e idosos abaixo da linha da pobreza.
"Porém estamos atacando os privilégios a
que a elite do serviço público que ganha acima de R$ 30 mil, inclusive os
próprios políticos, para que todo mundo fique submetido a um único teto, que é
o teto do setor privado, hoje, de R$ 5.500, porque, infelizmente, tem se tirado
dinheiro da saúde, da segurança e da educação para estar cobrindo o rombo da
Previdência, e está faltando na hora de prestar um serviço de melhor
qualidade", disse o democrata ao ClickPB.
Questionado sobre os magistrados, Efraim disse
que da mesma forma que os políticos, também é necessário tirar os privilégios
de magistrados, juízes e membros do Ministério Público. "Também estão
nessa nova regra. Limitar as aposentadorias privilegiadas para permanecer no
mesmo teto, ou seja, será uma regra mais dura, porém uma regra igual para
todos", disse Efraim, revelando que associações dessas representativas
dessas categorias já o procuraram. "Mas a gente prefere permanecer ao lado
da sociedade brasileira", disse.
Mais cedo, líderes da base governista propuseram
à oposição que retirasse a obstrução (recursos regimentais para atrasar os
trabalhos) em plenário para que os deputados debatessem a proposta. A ideia
seria votar a matéria amanhã (10), com apenas dois requerimentos de obstrução.
A oposição não concordou com essa sugestão.
Foi marcada uma segunda reunião de líderes
para esta tarde para que seja definido o rito de votação da proposta de emenda
à Constituição (PEC 6/19): se houver acordo com a oposição, a votação dever
ficar para esta quarta-feira, se não houver acordo, governo e os partidos do
Centro vão tentar vencer a obstrução e colocar em votação ainda hoje o
texto-base da reforma.
ClickPB