Terça-feira, 06 de agosto de 2019
A notícia divulgada nas redes sociais nas primeiras horas da Manhã desta
segunda-feira (05) apontavam a possibilidade das captais banhadas pelo Mar no
Nordeste serem atingidas por um Tsunami causado por terremotos no Oceano.
Nesta Segunda (05) por volta das 00h:40 o terremoto que atingiu o Oceano
Atlântico teve uma magnitude de 5,8 na escala Richter. O fato gerou pânico na
internet, mas especialistas dizem que não traz risco de tsunami na região
Nordeste do Brasil.
De acordo com o United States Geological Survey (USGS), o hipocentro do
tremor foi registrado a 10 km de profundidade, a cerca de 1100 quilômetros de
distância de Natal, no Rio Grande do Norte, e 730 km de Fernando de Noronha, em
Pernambuco.
Apesar da magnitude do tremor de terra, o Centro de Sismologia da
Universidade de São Paulo (USP) não registrou o evento. O último terremoto
anotado na plataforma aconteceu na Grécia, às 9h do dia 8 de março.
Dado à proximidade com a costa do Nordeste brasileiro, o assunto se
tornou o mais comentado dos Trending Topics do Twitter. Entre outras coisas, os
internautas se assustaram com boato de que o terremoto pudesse ocasionar um
tsunami nessas regiões.
Porém, de acordo com o LabSis, as chamadas falhas transcorrentes —
movimentos direcionais provocados por eixos de maior tensão e maior tração na
horizonta—, quando acontecem no meio do oceano, mesmo em grandes magnitudes,
não provocam tsunamis.
Segundo o professor da USP, o tremor aconteceu a dorsal meso-oceânica,
onde ocorre um processo contínuo de criação de litosfera oceânica (as placas
tectônicas) – esses locais possuem falhas que acomodam a movimentação.
“Como o lugar habitado mais próximo em geral está muito distante — mais
de 500 quilômetros —, eles acabam não sendo sentidos, apenas são registrados
por equipamentos”, explicou Bianchi. “Da forma como ocorreu, este sismo não é
uma ameaça a ser considerada para gerar um tsunami no Atlântico.”
De acordo com o especialista, apesar da magnitude ser superior ao que
geralmente acontece em território brasileiro, ainda é muito baixa para
ocasionar um tsunami. “No Chile, por exemplo, sismos com essa magnitude
acontecem quase que semanalmente.”
Por redação TV Cariri