Sábado, 20 de fevereiro de 2021
Ganhos da moeda digital foram alimentados por sinais de que ela está
ganhando aceitação entre os principais investidores e empresas, desde Tesla e
Mastercard a BNY Mellon.
A criptomoeda mais popular do mundo saltou para um recorde acima de US$ 54 mil nesta sexta-feira (19), abrindo caminho para uma valorização semanal de mais de 11%. (Foto: Reprodução)
O bitcoin atingiu
um valor de mercado de US$ 1 trilhão nesta sexta-feira (19), batendo mais um
recorde, contrariando advertências de analistas de que se trata de uma anomalia
econômica e uma proteção ruim contra queda em preços de ações.
A criptomoeda mais popular do mundo saltou
para um recorde acima de US$ 54 mil nesta sexta-feira (19), abrindo caminho
para uma valorização semanal de mais de 11%.
A moeda acumula
alta de cerca de 64% até agora neste mês.
Às 16h45 (horário de Brasília) subia 5,9%, a
US$ 54.624,01.
Os ganhos foram alimentados por sinais de que
está ganhando aceitação entre os principais investidores e empresas, desde
Tesla e Mastercard a BNY Mellon.
Todas as moedas digitais combinadas têm um
valor de mercado de cerca de US$ 1,7 trilhão.
"Se você realmente acredita que existe
uma reserva de valor no bitcoin, então ainda há muitas vantagens", disse
John Wu, presidente da AVA Labs, plataforma de código aberto para a criação de
aplicativos que usam a tecnologia blockchain, infraestrutura na qual o bitcoin
foi criado.
"Se você olhar para o ouro, ele tem um
valor de mercado de US$ 9 ou US$ 10 trilhões. Mesmo que o bitcoin chegue à
metade dessa capitalização do ouro, isso ainda significa um crescimento de
quatro vezes. Então eu não sei quando ela vai parar de subir",
acrescentou.
Ainda assim, muitos analistas e investidores
continuam céticos em relação a um ativo digital que não conta com regulação, é
altamente volátil e é pouco usado para comércio.
Analistas do JP Morgan disseram que o preço
atual do bitcoin está bem acima das estimativas de valor justo. A adoção mais
ampla da moeda digital aumenta a correlação do bitcoin com ativos cíclicos, que
aumentam e caem de valor com as mudanças econômicas, por sua vez, reduzindo os
benefícios de diversificação em criptomoedas, disse o banco em relatório.
"Ativos de criptomoedas continuam a ser
classificados como o hedge mais pobre para grandes perdas em ações, com
benefícios de diversificação questionáveis a preços até agora acima dos custos
de produção, enquanto correlações com ativos cíclicos estão subindo conforme o
uso de criptomoedas cresce", disse JP Morgan.
O
banco ainda afirmou que o bitcoin é um "show econômico paralelo",
chamando a inovação em tecnologia financeira e crescimento de plataformas
digitais de crédito e pagamentos como "a história real da transformação
financeira na era Covid-19".
Por: Reuters