Terça-feira, 09 de março de 2021
Matéria de análise do repórter Wellington Farias
A decisão monocrática do ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin, termina mais por limpar a
barra do ex-juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, do que propriamente beneficiar o
ex-presidente Lula.
Por quê?
Ora, ao anular as condenações de Lula
no âmbito da Lava Jato, a decisão do ministro retira o objeto de outras ações
impetradas pela defesa do ex-presidente Lula, pedindo que o ex-juiz Sérgio Moro
seja considerado suspeito em todos os seus procedimentos na operação. Operação
esta que, diga-se de passagem, terminou sendo nacionalmente desmoralizada junto
com juiz, procuradores e tantos outros que dela participaram, com a vinda da
verdade à tona.
Lula, evidentemente, se beneficia, na medida em que se torna elegível para
disputar a Presidência da República. Mas ele também se beneficiaria no caso de
Moro ser considerado suspeito para julgar os processos do ex-presidente.
Moro sendo considerado suspeito, poderia sofrer ações judiciais de resultados
catastróficos, tendo ele ilegalmente se arvorado de julgar o que não lhe
compete. E, pelo que se viu, liderou a operação com orientações eivadas de
vícios e procedimentos que trouxeram grandes estragos para a imagem e a
credibilidade da notícia.
Imoral e ilegal
Afinal, Moro mandou prender Lula, único que poderia derrotar Bolsonaro. E,
quando este foi eleito, para onde Moro foi guindado?
Exatamente, pro Ministério da Justiça, possivelmente com a promessa de lá ser
embarcado para o Supremo Tribunal Federal.
Novo cenário
A decisão monocrática do ministro Fachin altera todo o quadro que se
descortinava para a disputa presidencial de 2022. Partidos e candidatos,
portanto, necessariamente têm que refazer seus cálculos e planos.
O próprio PT, que já havia anunciado Fernando Haddad como pré-candidato à sucessão
de Bolsonaro, deve rever, com toda a certeza, a menos que haja uma reviravolta
na decisão de Fachin, o que é pouco provável.
Na economia
A reação da decisão de Fachin na economia foi imediata: O dólar disparou
e as ações na bolsa, despencaram.
Só faltou general ir às redes mandar recado…
Pela mulher
Os senadores emedebistas Veneziano Vital do Rêgo e Nilda Gondim
destinaram emendas que totalizam R$ 500 mil de incremento para a instalação da
Casa da Mulher Brasileira. Veja o depoimento da senadora: https://youtu.be/h7NBsGjnTP0
Veneziano e Nilda destacaram a importância de lutar pela igualdade
de direitos entre homens e mulheres, no transcurso do Dia Internacional da
Mulher.
Para o senador Veneziano, a data é um marco da luta das mulheres por igualdade
e respeito. O parlamentar emedebista lembrou também o tratamento desigual que
ainda existe na sociedade, em que, muitas vezes, o mercado de trabalho, por
exemplo, oferece salário menor para mulheres cumprirem funções equivalentes às
dos homens.
Por: Wellington Farias