Segunda-feira, 07 de junho de 2021
Atletas planejam falar sobre o tema após o duelo com o Paraguai, pelas
Eliminatórias, na próxima terça-feira
Jogadores do Brasil posam para foto antes do duelo com o Equador Foto: Lucas Figueiredo/ CBF
A crise entre a Confederação Brasileira de Futebol
e a seleção brasileira atingiu novo patamar, com as pressões de Jair Bolsonaro
para a realização da Copa América no Brasil. “Os atletas reclamam da disputa da
Copa América juntamente com as Eliminatórias, competição que eles consideram
mais importante neste momento. Os mais experientes do elenco se mostraram
incomodados por terem descoberto pela imprensa e pelas redes sociais que o
Brasil sediará o torneio. Reclamam que não houve diálogo com a entidade sobre a
mudança da sede do torneio – inicialmente, o torneio continental seria
realizado na Colômbia, que desistiu por problemas políticos internos, e na
Argentina, que declinou em função do agravamento da pandemia de covid-19”,
aponta reportagem do Estado de S. Paulo.
“Preocupados com a repercussão do protesto nas redes sociais, os atletas
planejam até divulgar um manifesto sobre a Copa América. A ideia é mostrar que
estão unidos, mas não querem politizar a atitude como um apoio ou protesto ao
presidente Jair Bolsonaro ou a Rogério Caboclo. O documento ainda não tem data
definida de divulgação”, aponta ainda o texto.
Os jogadores ficaram incomodados com duas situações especificamente. Uma
delas foi o pedido do dirigente para que os atletas não dessem entrevistas após
o jogo das Eliminatórias da Copa do Mundo. Para os jogadores, o veto
surgiu como uma tentativa de controlar as manifestações do grupo. Outro fato
embaraçoso foi o próprio teor do discurso. Caboclo falou de união, motivação,
sem pertencer, de fato, ao grupo. “Ele faz as coisas como se tudo estivesse
normal”, disse uma pessoa próxima aos jogadores.
Por: Brasil 247