Quarta-feira, 14 de julho de 2021
Pesquisa entrevistou 2.022 pessoas
entre os dias 1 e 3 de julho, em 137 cidades de 25 Unidades da Federação
Urna eletrônica (Foto: Divulgação/Nelson Jr./ ASICS/TSE)
A sociedade brasileira
confia e tem segurança no atual sistema eletrônico de votação. É o que traduz
uma pesquisa da Confederação Nacional
do Transporte (CNT), divulgada na última semana,
demonstrando que 63,7% da população acredita que o modelo das urnas eletrônicas
é transparente e seguro.
Para a coleta de dados, os pesquisadores da entidade ouviram 2.022
pessoas entre os dias 1 e 3 de julho, em 137 cidades de 25 Unidades da
Federação. Segundo a Confederação, a pesquisa tem margem de erro de 2,2 pontos
percentuais. A pesquisa foi encomendada pela CNT e realizada pelo
Instituto de Pesquisa MDA.
A entidade é uma das três maiores fontes de divulgação de
pesquisas do Brasil, e é conhecida pela tecnicidade e metodologia consolidada.
O diretor executivo da CNT, Bruno Batista, destaca a importância dos dados do
levantamento, que é realizado pela Confederação desde 1998.
“A Pesquisa CNT de Opinião se consolidou como uma das mais
tradicionais e importantes de nosso país. Ao desenvolvê-la, a CNT oferece à
sociedade elementos concretos e mensuráveis de análise que permitem uma
compreensão mais aprofundada das situações empresarial, social, econômica e
política. Assim, o levantamento consiste em uma grande contribuição dos
transportadores para que se possa melhor planejar e construir o futuro do
Brasil”, informou.
O relatório da pesquisa também abordou outros assuntos
relacionados a intenções de votos para as próximas eleições, preferências sobre
interesse na política e democracia. Além disso, apontou que 45,5% dos
entrevistados já tiveram a experiência de votar com cédulas de papel, e 76,2%
dessas pessoas demonstraram que o antigo modelo gerava desconfiança ou nenhuma
confiança na apuração dos resultados.
História do sistema eletrônico de
votação
A urna eletrônica foi adotada a partir das eleições de 1996 e
1998, em caráter experimental. Com o êxito, o processo eletrônico de votação
passou a ser utilizado nacionalmente e em definitivo nas eleições de 2000,
abandonando o voto nas cédulas de papel.
A agilidade na divulgação do resultado e o fim das fraudes são o
grande trunfo do modelo de votação vigente no país. Haja vista que a apuração
anteriormente durava dias e até semanas, passou a ser concluída no mesmo dia da
votação, além de extinguir as cédulas de papel, que permitiam a marcação
posterior em votos originalmente em branco, ou eleitores votando no lugar de
outros e até a contagem enviesada dos votos.
Segurança e transparência
A cada pleito eleitoral, o TSE atualiza e reforça a segurança das
urnas eletrônicas. Partidos políticos, órgãos do poder público e entidades da
sociedade civil são convidados a acompanhar e fiscalizar a tecnologia. Além
disso, especialistas em segurança da informação são chamados a tentar invadir o
sistema. Se for constatada alguma falha, os especialistas da Justiça Eleitoral
devem corrigir.
Por: Portal Correio