Sistema eletrônico da ALPB quebra e eleição da Mesa Diretora é adiada
Domingo, 01 de Fevereiro de 2015
Presidente da sessão considerou caso como 'ato de
vandalismo'.
Deputado admite que desligou equipamento, mas diz que não quebrou.
Deputado admite que desligou equipamento, mas diz que não quebrou.
O sistema eletrônico de votação da Assembleia
Legislativa da Paraíba quebrou durante o cadastro dos novos deputados
estaduais, que tomaram posse na manhã deste domingo (1º). Por conta disso, a
sessão de eleição da Mesa Diretora da casa foi suspensa e adiada para
segunda-feira (2), às 9h30. O deputado Ricardo Marcelo (PEN), que presidia os
trabalhos, considerou a “violação um ato de vandalismo”.
Ricardo Marcelo também apontou o deputado
Tião Gomes (PSL) como responsável pelo problema no sistema. "Não quebrei o
equipamento, apenas deliguei", disse o deputado. "Essa eleição tinha
tudo pra ser fraudada. Nenhum deputado foi chamado para acompanhar esse
processo na urna", justificou.
Até as 12h50 (horário local) o movimento
ainda era grande no plenário e havia expectativa de uma mudança no quadro, já
que o Regimento Interno da casa prevê que a eleição tem que acontecer no dia 1º
de fevereiro do ano de início da legislatura.
A possibilidade do uso da cédula de papel
para eleição da mesa diretora já tinha motivado confusão na sessão preparatória para a eleição.
Foi preciso convocar seguranças para controlar a situação porque houve confusão
depois que o deputado Ricardo Marcelo rejeitou um requerimento apresentado pelo
deputado Jeová Campos (PSB), que solicitava a votação manual. Ricardo Marcelo
determinou que a votação acontecesse através do sistema eletrônico. Irritado
com a decisão, Jeová chegou a dar um murro na mesa.
Com a decisão de realizar a eleição de forma eletrônica,
foi estabelecido um intervalo, para que todos os deputados passassem pelo
cadastro que habilita a votar utilizando o painel eletrônico. Foi durante esse
processo de cadastramento que houve um dano ao sistema.
O deputado Adriano Galdino (PSB), que é
candidato à presidência da ALPB, considerou um absurdo a suspensão da sessão.
"A lei determina que a eleição aconteça no dia 1º de fevereiro, temos que
respeitar o que prevê o regimento interno", justifica. Ricardo Marcelo
também é candidato à presidência da mesa.
Confiança questionada
Enquanto uma parte dos deputados defendia que o voto nas cédulas de papel fosse utilizado para garantir lisura ao processo, outra parte destacava que o Regimento Interno prevê o uso do sistema eletrônico. A discussão começou durante o intervalo de cerca de meia hora determinado após a solenidade de posse e continuou com o início da sessão preparatória para a eleição. Depois de cerca de 20 minutos de embate, a sessão foi suspensa para que o clima se acalmasse.
Enquanto uma parte dos deputados defendia que o voto nas cédulas de papel fosse utilizado para garantir lisura ao processo, outra parte destacava que o Regimento Interno prevê o uso do sistema eletrônico. A discussão começou durante o intervalo de cerca de meia hora determinado após a solenidade de posse e continuou com o início da sessão preparatória para a eleição. Depois de cerca de 20 minutos de embate, a sessão foi suspensa para que o clima se acalmasse.
Segundo o deputado João Gonçalves (PSD), a
justiticativa apontada é que “não foi feita biometria dos deputados, o sistema
não foi implantado, só é possível votar sim ou não”. Diante deste quadro, João
Gonçalves avalia que não havia segurança para realizar a eleição através do painel
eletrônico. Concordando com ele, o deputado Gervásio Maia (PMDB) acreditava que
"os deputados deveriam ter feito uma espécie de vistoria no painel".
Já o deputado Renato Gadelha (PSC) avalia
que o voto através de cédulas de papel é um retrocesso. “Foi implantado um
painel para dar segurança ao voto, não vamos aceitar esse retrocesso”,
declarou. Quem também saiu em defesa do voto eletrônico foi o deputado Ricardo
Marcelo (PEN), que defendeu que "o processo eletrônico foi instalado na
Casa e já foram feitas várias votações".
Um embate entre os deputados Ricardo
Barbosa (PSB) e Trócolli Júnior (PMDB) esquentou ainda mais a sessão quando
Trócolli declarou acreditar que "a bancada governista quer voto em cédula
para marcação dos votos". Em resposta, Barbosa chamou a declaração de
irresponsável. Já o deputado João Henrique (DEM) defendeu uma terceira
proposta: "voto aberto para solucionar o problema".
Presidência da sessão
Outro ponto que precisava de definição antes da realização da sessão de eleição gerou descontentamento de parte dos deputados. O deputado Gervásio Maia (PMDB) se apresentou falando em nome de outros 20 deputados sugerindo que o deputado Ricardo Marcelo não presidisse a sessão de eleição, já que ele é candidato à função.
Outro ponto que precisava de definição antes da realização da sessão de eleição gerou descontentamento de parte dos deputados. O deputado Gervásio Maia (PMDB) se apresentou falando em nome de outros 20 deputados sugerindo que o deputado Ricardo Marcelo não presidisse a sessão de eleição, já que ele é candidato à função.
Concordando com Gervásio, Adriano Galdino
(PSB), que também se apresenta como candidato à presidência da casa, destacou
que a situação é semelhante ao presidente do TRE ser candidato numa eleição
presidida por ele. Apesar desses questionamentos, o Ricardo Marcelo se manteve na
presidência da sessão.
Do G1 PB