59% dos brasileiros já tiveram
problema de ereção
Terça-feira, 17 de Março de 2015
Pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de
Urologia mostra que problema é mais frequente do que se imagina e alcança até
70% dos homens, dependendo da idade
"Isso
nunca me aconteceu". A frase, que mais parece um clichê, é uma realidade
na intimidade de muitos brasileiros.
É o que revela a pesquisa De Volta ao Controle*, da Sociedade Brasileira de
Urologia (SBU), feita em todas as regiões do País, com pessoas entre 40 e 69
anos.
Rotina
Repercussão
e desconhecimento
O
desconforto que cerca o assunto não é em vão. De acordo com os dados levantados
pela pesquisa, o problema parece refletir na segurança e na confiança de homens
e de mulheres. Aproximadamente 30% dos homens não sabem, deixariam ou talvez
deixariam de ter relação sexual por medo de falhar. Preocupação que é maior
para os companheiros, 48% temem a repercussão da falha de ereção.
Apesar
disso, os parceiros tendem a esperar um pouco mais antes de estimular o homem a
procurar um médico. Por sua vez, 37% deles buscariam um profissional de saúde
logo após a primeira ou a segunda falha de ereção. E, embora não se tenha
dúvida de que o urologista é o especialista mais indicado para tratar o
problema, como o levantamento aponta em quase 80% das respostas colhidas, a
maioria dos entrevistados não tem conhecimento dos diferentes graus de disfunção
erétil, que é a dificuldade de o homem apresentar ou sustentar uma ereção
satisfatória para manter uma relação sexual.
Quanto
menor a idade, maior o desconhecimento. Independentemente da faixa etária, 34%
das pessoas ouvidas pela pesquisa não conhecem qualquer tratamento para a
doença. Entre os respondentes que mostraram maior familiaridade com as terapias
disponíveis: 61% conhecem apenas os medicamentos orais; 38%, a prótese
semirrígida e 21%, a prótese inflável, mesmo percentual da injeção.
De volta
ao controle
"É
possível recuperar a função sexual", alerta o urologista e chefe do
Departamento de Andrologia da SBU Antonio de Moraes Junior. O tratamento,
explica, divide-se em três linhas terapêuticas e vai muito além das medicações
orais, mais comumente conhecidas (ver quadro). "Ainda há esperança quando
essas terapias falham ou não funcionam mais", afirma.
WSCOM Online