Quarta-feira, 08 de Abril de 2015
Que o amor materno é
fundamental para a vida de qualquer criança, não temos qualquer dúvida. Aliás,
em pleno século XXI, nossa cultura ainda coloca sob responsabilidade (quase que
exclusiva) da mãe os cuidados com os filhos (é uma criança que faz birra? Que
bate no amiguinho? Que vai mal na escola? “A culpa é da mãe”, não é assim que
ouvimos comumente por aí?).
Mas
como fica o papel do pai nessa história? Pois um estudo recente mostrou que ele é fundamental na
formação da personalidade da criança, e como ela desenvolverá diversas
características até a idade adulta. Pesquisadores da Universidade de
Connecticut, nos EUA, demonstraram que crianças de todo o mundo tendem a
responder da mesma forma quando são rejeitados por seus cuidadores, ou por
pessoas a quem são apegadas emocionalmente. E quando essa rejeição é do pai,
diferentemente do que muitas pessoas acreditam, ela causa marcas profundas.
Segundo
os estudiosos, que avaliaram 36 trabalhos envolvendo mais de 10.000 pessoas,
entre crianças e adultos, a rejeição paterna tem essa influência tão marcante
porque, em primeiro lugar, é mais comum do que a materna. E também porque a
figura do homem é associada a prestígio e poder – ou seja, para a criança, é
como se ela tivesse sido esquecida ou preterida por alguém que todos consideram
importante.
Agora
vem a parte mais triste: o estudo mostrou que as crianças sentem a rejeição
como se ela realmente fosse uma dor física. As partes do cérebro ativadas
quando um pequenino se sente rejeitado são as mesmas que se tornam ativas
quando ele se machuca, com uma diferença: a dor psicológica pode ser revivida
por anos, levando à insegurança, hostilidade e tendência à agressividade.
A
boa notícia é que um pai presente e carinhoso tem exatamente o efeito contrário
na formação da personalidade do filho: o pequeno cresce feliz, seguro e capaz
de estabelecer ligações afetivas muito mais facilmente na vida adulta. Se o pai
do seu filho é exatamente assim, compartilhe o post com ele – tenho certeza de
que ele adorará saber disso!
Por
Jaceline Marques/Portal Mídia