Terça-feira, 30 de Junho de 2015
A derrota para o Vasco fez a diretoria do
Flamengo acelerar um processo de faxina que já estava sendo planejado. Enquanto
o técnico Cristóvão está na berlinda, podendo ser substituído mesmo em caso de
vitória sobre o Joinville amanhã — os nomes de Cuca e Oswaldo de Oliveira
ganham força —, a diretoria prepara uma barca para se livrar de jogadores que
não estão rendendo.
Atletas com desempenho ruim e comportamento questionado devem
ser emprestados. A lista ainda não foi finalizada, mas o diretor executivo
Rodrigo Caetano tem carta branca para apontar os nomes que não estão
comprometidos com o clube.
O próprio dirigente enfrenta resistência interna nos
bastidores do clube por sua postura pouco firme em relação aos atletas, e a
conclusão é de que alguma resposta tem que ser dada para amenizar a crise que
se agrava.
Os laterais Pará e Anderson Pico, os atacante s Paulinho,
Everton e Marcelo Cirino e o volante Márcio Araújo são alguns dos atletas que
caíram de produção de forma vertiginosa, e estão ameaçados. Os cinco primeiros
já vinham sendo monitorados por excessos extracampo. Anderson Pico sofre
questionamentos sobre o excesso de peso, mas o clube garante que a má forma é
só técnica.
A diretoria trabalha ainda para enxugar o elenco e negociar o
argentino Lucas Mugni. A chegada de reforços incluiria apenas a contratação do
volante Elias, mas não há avanços significativos depois da eliminação da
seleção na Copa América.
Vindo de algumas semanas livres para treinamento, Cristóvão
tem pouco tempo, com o início do período com jogos no meio e fim de semana,
para arrumar o time, e deve fazer mudanças que façam o aproveitamento crescer.
Atualmente, são quatro derrotas e duas vitórias. Uma das mexidas deve ser a
entrada de Alan Patrick entre os titulares. Com o time na zona de rebaixamento,
na décima sétima posição, a pressão sobre os reforços que já chegaram e os que
estão a caminho promete ser enorme.
A diretoria como um todo ainda tenta sustentar uma discurso
de que o grupo atual tem qualidade e pode render mais do que tem rendido.
Contudo, há um consenso entre conselheiros sobre a necessidade de de um pulso
mais firme no futebol. Atualmente, o conselho gestor toma decisões à distância
e não tem representatividade perante os jogadores. O time treina hoje na Arena
Joinville, local do jogo, para onde nenhum membro do conselho de futebol se
deslocou para acompanhar o mau momento do Flamengo. O futebol do clube está à
deriva.
Extra Online