PSDB vai juntar decisão do TCU a processo que pede cassação de Dilma
Sexta-feira, 09 de Outubro de 2015
Segundo Cunha Lima, a decisão do TCE fortalece o processo de “queda” da
presidente
Senador Cássio Cunha Lima
O líder do PSDB no Senado,
Cássio Cunha Lima, afirmou nesta quinta-feira (8) que o partido irá pedir a
juntada da decisão do Tribunal de Contas da União, que recomendou a reprovação
das contas da presidente Dilma Rousseff (PT), aos processos de impugnação de
mandato eletivo contra a petista, que tramitam no Tribunal Superior Eleitoral.
Segundo
Cunha Lima, a decisão do TCE fortalece o processo de “queda” da presidente. “A
recomendação fortalece os dois caminhos, tanto do impeachment, quanto para a
realização de novas eleições. Nós vamos pedir a juntada da decisão do TCU no
processo que tramita no TSE”, disse. Ainda de acordo com o senador, a
solicitação deve ser feita pelos advogados do PSDB até está sexta-feira (9).
As
análises principais do processo, para a reprovação, levaram em conta as
chamadas “pedaladas fiscais”, que ficaram conhecidas pelos atrasos nos repasses
da União aos bancos públicos pelo pagamento de programas do governo. O ministro
paraibano Vital do Rego, também votou pela reprovação.
Crítico à
gestão petista, o senador tucano afirmou que não tem dúvidas da saída da
presidente do poder. “Ela já caiu. Resta saber se nós vamos encontrar uma
decisão pela política, através do impeachment ou do povo, por novas eleições.
Eu sempre defendi pela democracia direta, garantido a legitimidade necessária
para tirar o Brasil dessa crise”, disse.
Na
realização de novas eleições, a presidente precisaria ser cassada no TSE, o que
daria chance para o aliado de Cunha Lima, o senador Aécio Neves, concorrer
novamente as eleições. Caso a presidente sofresse o impeachment quem assumiria
é o vice-presidente, Michel Temer (PMDB).
“Dilma já
não governa mais. A última chance que ela teve foi na reforma e o resultado é
algo inconcebível. Ela já caiu resta só o trâmite. Ela não consegue quórum
Congresso, não consegue controlar a economia. Ela não governa mais”, avaliou.