Terça-feira, 15 de Março de 2016.
Vi no Portal do Litoral uma reportagem sobre o
promotor João Anísio e quase não acreditei. Aquele homem altivo que conheci em
Guarabira na época em que junto com Marinho Mendes ajudou a levar para a cadeia
o chefe do famigerado esquadrão da morte, Capitão Givanildo.
Hoje envolvido com drogas, possivelmente crack,
João Anísio está irreconhecível, magérrimo, dormindo sobre uma tábua e morando
numa casa abandonada com outros drogados.
Fui à Assembleia Legislativa prestigiar João no
recebimento do título de cidadão paraibano e conheci sua linda esposa e filha.
Era um homem honrado, altivo, combativo e muito
corajoso e quem já assistiu um juri popular com ele na acusação sabe do que
estou falando. Era simplesmente brilhante.
Após sair de Guarabira ele foi morar em Belém, onde
teria começado o seu calvário. Lá, dizem, teria sido desmoralizado numa
discussão com um outro homem, apanhado na cara, se envolvido com mulheres,
processado por agressão a uma jovem. bebidas e, como, conseqüência dessa
turbulência, perdido a esposa, uma figura de feições nórdicas, olhos azuis e
que sempre lhe acompanhava auxiliando nos juris.
Mergulhando nas drogas após a tragédia pessoal,
João foi aposentado pelo MP e nunca quis ouvir apelo de amigos e parentes para
que procurasse ajuda para sair das drogas. E virou mendigo, apesar da condição
financeira e formação intelectual.
Com o rosto desfigurado e irreconhecível, hoje João
Anísio perambula por aí com drogados e mendigos e mora numa casa abandonada
junto com outros dependentes químicos.
Na foto principal ainda podemos perceber ele com um
celular e cigarro e na foto abaixo um colega de convivência revela a atual
feição dele, destruído pelas drogas.
Lamentável que uma mente tão brilhante tenha
sucumbido ao vício e, depois de ter feito justiça botando tantos criminosos na
cadeia, termine seus dias vivendo a margem da sociedade.
Blog do Dércio


