Sábado, 21 de maio de 2016.
Ele fez a
declaração durante buscas pelo corpo da vítima nesta sexta-feira.
Segundo ele, crime foi cometido por ciúmes.
Polícia suspeitou do casal depois de flagrante de acesso a conta da vítima (Foto:Reprodução/ Polícia Civil)
“Vou completar
65 anos agora. Acabei com minha vida”. A declaração é de Antônio Alves de
Morais, suspeito de matar a comerciante Maria Arcanjo da Silva da cidade de Itapororoca, no litoral
Norte da Paraíba, no final de abril. Ele confessou ter matado a comerciante por
ciúmes e disse que o filho dele estava no carro na hora do crime, mas se
arrepende do assassinato. Antônio diz ainda não ter ficado com dinheiro da
comerciante.
As buscas pelo corpo da cormerciantes estão sendo
realizadas desde a noite da quinta-feira (19), depois que o
casal suspeito do crime foi preso na quarta-feira (18) no Ceará contou onde o
corpo da vítima estaria.
Antônio deu entrevista para ao repórter cinematográfico Walter Paparazzo (Foto: Walter Paparazzo/G1)
Em entrevista na manhã desta sexta-feira (20), Antônio
deu detalhes de como aconteceu o crime. Segundo ele, a vítima foi morta dentro
do próprio carro em um local próximo ao aeroporto de João Pessoa e, em seguida,
a levou para o local onde foi abandonada. "Passei uma corda no pescoço
dela e puxei", detalhou Antônio, que confessou: "Matei por
ciúme!".
Sobre a participação do seu filho no crime, ele ressalta
que o rapaz só veio a saber do crime depois. "Ele gritou: 'pai não faça
uma loucura dessa não'. Ele ficou doidinho, ele é pastor", contou. Antônio
disse ainda estar confuso sobre o local onde abandonou o corpo. "Uma hora
depois o arrependimento bateu. Por isso não encontrei ainda. Fiquei
doidinho", relatou.
A polícia e os suspeitos chegaram no matagal por volta
das 21h e foram para um canavial que fica às margens da PB-027, que liga Santa Rita a Lucena,
onde o suspeito do crime, ex-vereador de Santa Rita, disse ter abandonado o
corpo.
Polícia Civil continua nas buscas pelo corpo da comerciante (Foto: Walter Paparazzo/G1)
As buscas permaneceram no local por cerca de uma hora,
mas o corpo não foi achado por causa da escuridão. Segundo a Polícia Civil, por
causa da semelhança entre os canaviais, as buscas foram suspensas e voltaram no
início da manhã desta sexta-feira. Até as 12h o corpo ainda não tinha sido
encontradas.
Segundo a
delegada a Ranielle Vasconcelos, responsável
pelo caso,, a vítima teria vendido uma casa para o casal e foi morta
quando seguia para João Pessoa para receber o pagamento. O crime
aconteceu no dia 27 de abril e a vítima estava desaparecida até o dia da prisão
dos suspeitos.
“A equipe investigativa da 7ª Delegacia Seccional
recebeu há cerca de 20 dias a denúncia do desaparecimento da comerciante Maria
Arcanjo da Silva. A partir daí, começamos um verdadeiro rastreamento dos passos
do casal que havia negociado a venda de uma casa com a comerciante. Conseguimos
identificar através das imagens do circuito interno de um banco que os
suspeitos efetuaram saques na conta da vítima”, esclareceu a delegada.
Com base nesses indícios, a delegada Ranielle
Vasconcelos pediu a prisão preventiva do casal e o delegado regional de Iguatu
(CE) deu cumprimento. A prisão aconteceu na cidade de Saboeiro, no Ceará.
Do G1 PB