Quarta-feira, 25 de maio de 2016.
Debate sobre o plano de
trabalho da comissão para a continuidade do processo ocorreria nesta terça, mas
o presidente Raimundo Lira decidiu pelo adiamento.
Senador Lindbergh Farias
O paraibano Lindbergh Farias, senador pelo PT do Rio de Janeiro,
vai pedir na reunião da Comissão Especial do Impeachment desta quarta-feira
(25) o arquivamento do processo. A Comissão é presidida pelo também paraibano
Raimundo Lira (PMDB-PB). Confira vídeo abaixo.
Em entrevista exclusiva ao Portal,
Lindbergh alega que o principal articulador do pedido no Senado foi Romero Jucá
(PMDB-RR), que foi exonerado do Ministério do Planejamento e se licenciou do
mandato. O senador petista enfatiza que Jucá foi flagrado em escutas
telefônicas onde ficou clara a utilização de "manifestações legítimas do
povo para assaltar o poder".
O presidente da Comissão
Especial do Senado Federal que analisa o processo de impeachment da presidente
Dilma Rousseff adiou para esta quarta a reunião para definir o cronograma de
trabalho, que será votado pelos membros do colegiado. O adiamento foi
confirmado pelo presidente da Comissão, senador Raimundo Lira (PMDB-PB)
O debate sobre o plano de trabalho da comissão para a continuidade do processo
ocorreria nesta terça-feira, mas como houve convocação do Congresso Nacional
para as 11 horas da manhã, para votar a nova meta fiscal, o presidente Raimundo
Lira decidiu pelo adiamento.
Raimundo Lira confirmou que, nesta etapa, os trabalhos concentram-se na
comissão, com a produção de provas, audiência de testemunhas, diligências e
debates entre a acusação e a defesa. A Comissão Especial do Impeachment
continua a ser presidida por Lira, mas caberá ao presidente do Supremo Tribunal
Federal, Ricardo Lewandowski, coordenar as atividades.
Procedimentos
Ao assumir essa função, também em 12 de maio, Lewandowski
afirmou que os juízes são os senadores e que ele atuará como um órgão recursal.
O presidente do STF disse ainda que os procedimentos a serem seguidos são
baseados no processo de impeachment do presidente Fernando Collor, em 1992.
Os senadores Raimundo Lira e Antonio Anastasia, Ricardo Lewandowski, técnicos
da Comissão Especial do Impeachment e do STF se reuniram na terça-feira passada
(17) para discutir os aspectos legais do processo de impedimento. Ao sair do
encontro, Lira disse que anunciaria o calendário da nova etapa nesta reunião de
amanhã.
Segundo Raimundo Lira, os integrantes do colegiado decidirão por voto se as
investigações vão durar menos de 180 dias, período máximo de afastamento de
Dilma.
Confira
vídeo abaixo com entrevista do senador Lindbergh Farias:
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