Domingo, 28 de agosto de 2016
Sexo: tempo do ato sexual tem relação com as chances de uma mulher atingir o orgasmo, diz estudo
Você provavelmente nunca
colocou um cronômetro ao lado da cama para ver quanto tempo dura a sua relação
sexual. Mas um estudo científico pôs 500 casais heterossexuais para fazer
exatamente isso. Com base nesses dados, o levantamento pôde apontar uma média de tempo de duração
do sexo, excluindo as preliminares: 5 minutos e 24 segundos.
A variação do tempo de duração
da atividade dos participantes foi enorme ao longo das quatro semanas de
duração desse estudo. Enquanto o casal que ficou com o menor tempo obteve 33
segundos, o que teve o maior tempo conseguiu 44 minutos – ou seja, 80 vezes
mais do que o de menor resultado.
O que foi aferido no estudo foi
somente o tempo entre a penetração vaginal e a ejaculação, nada além
disso.
O levantamento mostrou outro
dado interessante: casais que usaram camisinha não apresentaram diferença
relevante no tempo médio de duração do sexo em relação aos que não a usaram. A
circuncisão também não foi um fator que indicou mudança na duração do ato.
Algo que influenciou na redução
do tempo da relação sexual foi a idade dos parceiros. Quanto mais velhos eles
eram, menos tempo ela durou.
As nacionalidades dos casais
não apresentaram importância no estudo, exceto no caso dos turcos, que tiveram
a menor média: 3 minutos e 42 segundos. As pessoas que participaram do estudo
eram da Holanda,
da Espanha,
do Reino Unido e dos Estados Unidos.
Quanto tempo é normal?A duração considerada normal
para uma relação sexual varia de acordo com o que pensamos ser normal. No final
da década de 1940, o tempo médio de duração do sexo era de dois minutos para
45% dos homens, um número que pode gerar um diagnóstico de ejaculação precoce
atualmente, segundo Crystal Dilworth, biomédica e divulgadora científica.
De acordo com um estudo realizado
pela Universidade de New Brunswick, a duração média de uma relação sexual é de
entre 5 e 10 minutos. Quando a atividade excede 20 minutos, ela é considerada
indesejada pela maioria dos 152 casais participantes, que tinham idades de 21 a
77 anos.
O terapeuta sexual Barry W.
McCarthy fez uma afirmação ao Esquire que corrobora com os resultados das
pesquisas científicas. "Pouquíssimas pessoas têm relações sexuais em si
[penetração vaginal] que durem mais do que 12 minutos", disse
McCarthy.
E a ciência mostra que se
engana quem pensa que o tempo das carícias preliminares é o fator que mais
importa para a mulher atingir o orgasmo. Um estudo com 2.360 mulheres tchecas,
publicado em 2009 no The Journal of Sexual Medicine e realizado pelos psicólogos Petr Weiss e
Stuart Brody, concluiu que a chance de um orgasmo feminino têm maior relação
com o tempo de duração do ato sexual do que com as preliminares.
EXAME.com