Terça-feira, 06 de setembro de 2016
Temer e Cássio
O PSDB e o DEM anunciaram que vão recorrer ao Supremo Tribunal
Federal contra a decisão de fatiar o julgamento da agora ex-presidente Dilma
Rousseff no impeachment, que levou ao abrandamento da pena e livrou a petista
da inabilitação política por oito anos. Para o líder do PSDB no Senado Cássio
Cunha Lima que há poucos dias tinha afirmado: “O PMDB começou a tratar o PSDB
da maneira que era tratado pelo PT”, reclamou o líder que ontem voltou atrás e
disse: “Não vamos fazer disso um cavalo de batalha”.
Parlamentares dos dois partidos se reuniram na última quarta-feira para
definir os detalhes do recurso e como passariam a se comportar na base aliada
do presidente Michel Temer (PMDB). O voto dos peemedebistas causou uma crise
com tucanos e democratas.
O presidente nacional do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) culpou o PMDB
pelo desfecho do julgamento e se disse surpreendido em cima da hora. Ele
colocou em dúvida o compromisso real de lideranças peemedebistas com o governo
Temer e as reformas propostas econômicas e acordadas com o partido.
Parcela do PSDB passou a defender ao fim da votação um rompimento com
Temer. Eles reclamaram de não terem sido avisados da posição dividida do PMDB.
“O PMDB começou a tratar o PSDB da maneira que era tratado pelo PT”, reclamou o
líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima (PB). “Nós e o Democratas fomos
surpreendidos. Não houve uma palavra de ninguém do PMDB na direção dessa
mudança de posição”, disse Aécio. “Se nós percebermos a quantidade de
ambiguidades que já havíamos denunciado e sinalizado antes, certamente esse
apoio não poderá existir, já que não haverá compromisso com essas reformas.
Para nós não foi nada positivo a posição final de inúmeros e ilustres líderes
do PMDB na segunda etapa dessa votação.”
Nesta terça-feira (06), Cássio demostrou outro comportamento ao minimizar
suas declarações em entrevista ao portal Diário do Poder na coluna do
jornalista Cláudio Humberto. “Não vamos fazer disso um cavalo de batalha”, diz.
Na Paraíba somente o senador Raimundo Lira (PMDB) seguiu pela manutenção dos
direitos políticos da ex-presidente Dilma, alegando que não condena ninguém
duas vezes.
Redação do PBAgora com Diário do
Poder